Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/04/2002 - 18h49

Para antropóloga, violência à mulher é caso de segurança pública

Publicidade

SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio

A nova subsecretária de Segurança da Mulher e Relações de Gênero do Rio, a antropóloga Bárbara Soares, disse que vai iniciar uma campanha para conscientizar a população de que violência doméstica é um caso de segurança pública.

Segundo ela, o número de mulheres que sofrem violência dentro de casa ainda é desconhecido por causa do alto índice de subnotificações.

Entre as medidas anunciadas pela subsecretária está a construção de três abrigos do Estado para mulheres vítimas de violência doméstica _um na Baixada Fluminense, um em São Gonçalo (região metropolitana) e outro no Rio.

Bárbara Soares disse que vai ampliar e multiplicar o Grupo de Homens Agressores, entidade criada no início do governo de Anthony Garotinho, mas que foi abandonada com a saída de Luiz Eduardo Soares da coordenação da Secretaria de Segurança. "É importante que também o agressor seja tratado, pois nele está a raiz do problema", defendeu.

Uma força tarefa específica para investigar e solucionar casos de violência sexual também será criada. Ainda está previsto o treinamento de policiais civis e militares, para que saibam agir em casos de violência doméstica, tanto no encaminhamento das vítimas a abrigos e delegacias, quanto na punição dos agressores.

Cheque-Cidadão
O novo secretário de Ação Social, Adilson Pires, defendeu hoje mais transparência no programa Cheque Cidadão e disse que não é papel de nenhuma religião distribuir recursos do Estado.

O Cheque Cidadão beneficia 48 mil famílias é o principal programa social que o governo petista do Rio herdou de Garotinho. Os cheques, no valor de R$ 100 mensais, são distribuídos por igrejas _a maior parte delas evangélicas_, com recursos do Estado, para 65 mil famílias carentes. Garotinho e Benedita são evangélicos.

"Não é papel nem da Igreja Católica, nem dos evangélicos e nem dos espíritas a aplicação de programas dessa natureza. Esses programas têm de ser aplicados pelo poder público", afirmou Pires, destacando que é católico e que a mudança não tem o objetivo de perseguir nenhuma grupo religioso.

Na avaliação de Pires, a distribuição, da forma como é feita, gera uma gratidão pessoal. Segundo ele, a idéia é, num prazo de 90 dias, estudar novas formas de distribuir os recursos, como uso de cartões magnéticos. Até lá, não haverá mudanças.

O convênio para distribuição do Cheque-Cidadão foi renovado nesta sexta-feira com a Associação dos Supermercados. O cheque será distribuído a partir de terça-feira.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página