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17/04/2002
-
19h34
da Agência Folha, em Belém e Recife
A expulsão do vereador Carlos Giannazi do PT, decidida ontem à noite pelo Diretório Municipal de São Paulo, gerou diferentes posições dentro do próprio partido entre lideranças nacionais.
Giannazi desafiou o governo ao manter posição contrária à proposta de incluir novos gastos na verba obrigatória da educação.
O prefeito de Recife, João Paulo (PT), afirmou que concorda com a decisão do diretório municipal. "Havia uma decisão do partido, e ele foi contra", declarou. "Se um integrante do PT não tem condições de bancar uma resolução coletiva, é melhor sair."
"
Eu não esperaria a abertura de um processo [de expulsão do partido]", disse o prefeito recifense. "Sairia do partido, que é a forma mais ética para quem desrespeita uma decisão."
João Paulo disse ainda que não comentaria o projeto da prefeita Marta Suplicy, que propôs a inclusão de mais gastos na verba destinada à educação. "O que é melhor, tem de ser feito." O prefeito de Recife afirmou também desconhecer em detalhes como são utilizados os recursos destinados à educação no município.
Já o prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues (PT), considerou "um erro histórico do partido" a expulsão de Giannazi (PT).
"O vereador apenas foi coerente com a história do PT. Há alguns anos, a bancada petista chegou a propor a cassação de Celso Pitta e Paulo Maluf [ex-prefeitos de São Paulo] com a alegação de que eles não cumpriam a obrigação de gastar os 30% com educação", disse Rodrigues.
"A punição do vereador Giannazi foi feita de forma ilegal. Ele obedeceu os interesses da população", disse o prefeito.
Rodrigues disse não acreditar que a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, tenha influenciado na decisão para expulsar o vereador. "Não creio que ela [prefeita] chegasse a esse nível", disse o prefeito de Belém, que foi pré-candidato do PT à Presidência da República.
Educação em Belém
Em Belém, a Câmara Municipal aprovou gasto de 25%, no mínimo, para a educação. No entanto, segundo o prefeito, a prefeitura gasta em média 29,5% exclusivamente com a área.
"Os salários dos inativos [aposentados] não estão incluídos nos gastos com a educação", disse Rodrigues.
Segundo o prefeito, os salários dos aposentados são pagos por meio do Instituto de Previdência Municipal. "O investimento em projetos de exclusão social não justifica a retirada de recursos destinados a questões ligadas à educação", afirmou o prefeito.
Leia mais:
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A expulsão do vereador Carlos Giannazi do PT, decidida ontem à noite pelo Diretório Municipal de São Paulo, gerou diferentes posições dentro do próprio partido entre lideranças nacionais.
Giannazi desafiou o governo ao manter posição contrária à proposta de incluir novos gastos na verba obrigatória da educação.
O prefeito de Recife, João Paulo (PT), afirmou que concorda com a decisão do diretório municipal. "Havia uma decisão do partido, e ele foi contra", declarou. "Se um integrante do PT não tem condições de bancar uma resolução coletiva, é melhor sair."
"
Eu não esperaria a abertura de um processo [de expulsão do partido]", disse o prefeito recifense. "Sairia do partido, que é a forma mais ética para quem desrespeita uma decisão."
João Paulo disse ainda que não comentaria o projeto da prefeita Marta Suplicy, que propôs a inclusão de mais gastos na verba destinada à educação. "O que é melhor, tem de ser feito." O prefeito de Recife afirmou também desconhecer em detalhes como são utilizados os recursos destinados à educação no município.
Já o prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues (PT), considerou "um erro histórico do partido" a expulsão de Giannazi (PT).
"O vereador apenas foi coerente com a história do PT. Há alguns anos, a bancada petista chegou a propor a cassação de Celso Pitta e Paulo Maluf [ex-prefeitos de São Paulo] com a alegação de que eles não cumpriam a obrigação de gastar os 30% com educação", disse Rodrigues.
"A punição do vereador Giannazi foi feita de forma ilegal. Ele obedeceu os interesses da população", disse o prefeito.
Rodrigues disse não acreditar que a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, tenha influenciado na decisão para expulsar o vereador. "Não creio que ela [prefeita] chegasse a esse nível", disse o prefeito de Belém, que foi pré-candidato do PT à Presidência da República.
Educação em Belém
Em Belém, a Câmara Municipal aprovou gasto de 25%, no mínimo, para a educação. No entanto, segundo o prefeito, a prefeitura gasta em média 29,5% exclusivamente com a área.
"Os salários dos inativos [aposentados] não estão incluídos nos gastos com a educação", disse Rodrigues.
Segundo o prefeito, os salários dos aposentados são pagos por meio do Instituto de Previdência Municipal. "O investimento em projetos de exclusão social não justifica a retirada de recursos destinados a questões ligadas à educação", afirmou o prefeito.
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