Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/04/2002 - 22h43

Ex-prefeito de Sumaré vai a júri popular por assassinato

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Campinas

O ex-prefeito de Sumaré João Smânio Franceschini vai a júri popular amanhã, no fórum da cidade, por causa da acusação de participação no assassinato da advogada Hedy Madalena Bocchi Mazer, 52.

O crime aconteceu no dia 6 de abril de 1995, em Hortolândia. A advogada foi morta com cinco tiros e oito facadas, quando chegava na fazenda São João da Várzea, em Hortolândia, onde morou com o ex-prefeito durante dez anos.

De acordo com o delegado de Hortolândia na época, Antônio Eribelto Piva Júnior, a morte da advogada foi tramada por Franceschini, a vidente Ângela Maria da Silva, a "Tia Baiana", e seu marido, o comerciante Pedro Luís de Jesus.

O esclarecimento do caso começou com a prisão da vidente. Ela confessou, de acordo com o delegado, que os três contrataram o pistoleiro Heliodoro de Souza Filho para matar Hedy.

O delegado disse, durante as investigações, que o ex-prefeito e a vidente eram amantes. Os motivos do crime nunca ficaram completamente esclarecidos.

Jesus e Souza Filho foram assassinados violentamente, em crimes ainda não esclarecidos, pouco depois do assassinato da advogada.

Jesus foi encontrado morto, com tiros, na estrada do Mão Branca, em Campinas. Também morto a tiros, o corpo de Souza Filho foi encontrado pela polícia em Campo Limpo Paulista, próximo a Jundiaí, interior de São Paulo.

"Tia Baiana" chegou a permanecer presa nas cadeias de Jundiaí e Sumaré. Foi levada a julgamento pelos assassinatos do marido e de Souza Filho, mas foi absolvida. A mulher conseguiu fugir da cadeia de Sumaré em 1999 e desapareceu.

Franceschini exerceu o cargo de vereador de Sumaré entre 1963 e 1966. Para prefeito foi eleito por duas vezes, comandando o Executivo de 1967 a 1969 e de 1973 a 1976. Foi ele quem inaugurou, em 1968, o novo prédio do fórum, onde será julgado.

Hoje, o ex-prefeito administra uma emissora de rádio de sua propriedade e a fazenda onde morava com a vítima. Franceschini não foi encontrado pela Folha para comentar o caso. Ele alegou inocência anteriormente e disse não ter participado da trama do assassinato. O acusado aguarda julgamento em liberdade.

O júri será presidido pela juíza Luciane Retto da Silva, com acusação feita pelo promotor Alexandre Cebrian Araújo Reis e defesa do advogado José Luiz Blander de Camargo Castro. Os procedimentos iniciais estão marcados para as 9h30, com prazo de finalização dos trabalhos para as 22h30.

O julgamento é considerado o acontecimento jurídico do ano em Sumaré. A juíza determinou que as entradas sejam controladas, com distribuição de senhas. Foram convocadas cinco testemunhas de defesa e cinco de acusação.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página