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18/04/2002 - 23h03

Prefeito interdita parcialmente represa por causa de piranhas

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da Folha de S.Paulo, em Campinas

O prefeito de Santa Cruz da Conceição, Jair Capodifóglio (PSDB), 43, interditou uma faixa de 200 metros da represa da cidade, conhecida como Prainha, depois de ataques de piranhas da espécie perambebas a turistas.

A represa recebe pelo menos 2.000 pessoas nos finais de semana. A cidade tem 4.000 habitantes.

De acordo com o chefe de gabinete da cidade, Sérgio Tessari, a interdição pode ser ampliada para outras áreas da represa caso os ataques continuem. Depois de um ano sem problemas, incidentes aconteceram nos dois últimos domingos deste mês.

"Para os técnicos, as piranhas estavam desovando próximo a uma tubulação que chega à Prainha. Retiramos os tubos e colocamos areia. Também estamos intensificando o trabalho de passar correntes no fundo da represa para eliminar as ovas", disse.

Segundo o chefe de gabinete, a prefeitura, além de interditar o local com faixas, também ampliou o sistema de avisos aos turistas com a colocação de faixas e placas de alerta, além da distribuição de folhetos explicativos.

A interdição da represa estava sendo estudada pela prefeitura desde o último domingo, quando um grupo de 20 turistas foi atacado pelos peixes.

Na ocasião, o estudante Robson Henrique da Silva, 14, perdeu um pedaço da falange de um dos dedos do pé.

A interdição é o "pesadelo" do comércio da cidade. O presidente da Acisc (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Santa Cruz da Conceição), Carlos Augusto Ferreira Vinagre, 44, afirmou que a interdição é "péssima" para o setor.

Apesar de não ter números a respeito do volume que o comércio movimenta no município, o presidente acredita que a interdição deverá prejudicar principalmente os comerciantes que trabalham na orla da represa.

A prefeitura também pode perder dinheiro com a interdição. De acordo com o prefeito, a administração cobra R$ 1 pelo estacionamento de uma hora, R$ 5 para deixar o carro no estacionamento durante todo o dia e R$ 70 por ônibus de excursão. O prefeito não tem os valores arrecadados pela cobrança.

Além dos turistas que frequentam a represa na Prainha, o local também recebe visitas de pescadores e há casas de veraneio construídas na orla.
 

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