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19/04/2002
-
09h16
da Folha Campinas
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jundiaí (36 km de Campinas) vai investigar a existência de uma rede de falsificadores de notas fiscais na cidade.
A rede começou a ser desbaratada com a prisão do representante comercial Mário de Almeida e do filho dele, Gustavo Rabelo de Almeida, ontem, pela polícia local. Os dois foram presos em flagrante, por volta das 12h, com inúmeras notas fiscais frias.
À noite, eles seriam encaminhados para a cadeia de Jundiaí, onde ficariam à disposição da Justiça. Autuados por crime contra a ordem tributária, eles podem pegar de dois até cinco anos de reclusão.
Segundo o delegado-assistente da DIG, Antônio Seleguin Júnior, 33, o pai e o filho vendiam as notas frias por 5% do valor delas. Seleguin Júnior disse que eles emitiam as notas por meio de 14 empresas na região.
Em depoimento à polícia, Almeida disse que as empresas existem, têm registro, mas estão inoperantes. "Ele [Almeida] confessou que falsificava as notas porque não tinha trabalho e precisava sobreviver", afirmou o delegado.
Almeida e o filho já tinham passagem policial pelo mesmo crime. A primeira fraude ocorreu em janeiro deste ano.
As notas apreendidas na casa do representante comercial, além de um computador usado para a emissão e um livro-caixa, onde o acusado mantinha todas as anotações sobre o comércio ilegal, foram apreendidas por técnicos da Receita Estadual.
Também foram apreendidos cheques, cujos valores não foram revelados pela polícia, com o nome de empresas que solicitavam as falsificações.
Para o delegado, os cheques serviriam de pagamento aos serviços prestados.
De acordo com Seleguin Júnior, a Receita vai fazer a verificação do material apreendido e checar se as empresas envolvidas têm alguma pendência com o pagamento de impostos.
"Agora, vou esperar o resultado da análise que será feita pela Receita para anexar ao inquérito e prosseguir as investigações. As empresas que solicitavam as notas serão enquadradas pelo mesmo crime", afirmou o delegado.
Denúncia
Os policiais da DIG chegaram até os acusados por meio de uma denúncia feita pelos próprios empregados da empresa de falsificação de notas.
O delegado disse que dois homens suspeitos foram abordados, dentro de um Fusca, pela polícia da cidade.
Ao averiguar o veículo, a polícia encontrou duas notas fiscais, em nome da Distribuidora Laony, nos valores de R$ 7.100 e R$ 6.900, respectivamente.
Quando questionados sobre as notas, os dois homens contaram à polícia sobre o esquema de falsificação e indicaram o local onde eram feitas as notas.
Os dois homens, que tiveram a identidade preservada, foram liberados após o depoimento e constaram do inquérito como testemunhas.
Polícia investiga rede de falsificação de notas em Jundiaí (SP)
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A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jundiaí (36 km de Campinas) vai investigar a existência de uma rede de falsificadores de notas fiscais na cidade.
A rede começou a ser desbaratada com a prisão do representante comercial Mário de Almeida e do filho dele, Gustavo Rabelo de Almeida, ontem, pela polícia local. Os dois foram presos em flagrante, por volta das 12h, com inúmeras notas fiscais frias.
À noite, eles seriam encaminhados para a cadeia de Jundiaí, onde ficariam à disposição da Justiça. Autuados por crime contra a ordem tributária, eles podem pegar de dois até cinco anos de reclusão.
Segundo o delegado-assistente da DIG, Antônio Seleguin Júnior, 33, o pai e o filho vendiam as notas frias por 5% do valor delas. Seleguin Júnior disse que eles emitiam as notas por meio de 14 empresas na região.
Em depoimento à polícia, Almeida disse que as empresas existem, têm registro, mas estão inoperantes. "Ele [Almeida] confessou que falsificava as notas porque não tinha trabalho e precisava sobreviver", afirmou o delegado.
Almeida e o filho já tinham passagem policial pelo mesmo crime. A primeira fraude ocorreu em janeiro deste ano.
As notas apreendidas na casa do representante comercial, além de um computador usado para a emissão e um livro-caixa, onde o acusado mantinha todas as anotações sobre o comércio ilegal, foram apreendidas por técnicos da Receita Estadual.
Também foram apreendidos cheques, cujos valores não foram revelados pela polícia, com o nome de empresas que solicitavam as falsificações.
Para o delegado, os cheques serviriam de pagamento aos serviços prestados.
De acordo com Seleguin Júnior, a Receita vai fazer a verificação do material apreendido e checar se as empresas envolvidas têm alguma pendência com o pagamento de impostos.
"Agora, vou esperar o resultado da análise que será feita pela Receita para anexar ao inquérito e prosseguir as investigações. As empresas que solicitavam as notas serão enquadradas pelo mesmo crime", afirmou o delegado.
Denúncia
Os policiais da DIG chegaram até os acusados por meio de uma denúncia feita pelos próprios empregados da empresa de falsificação de notas.
O delegado disse que dois homens suspeitos foram abordados, dentro de um Fusca, pela polícia da cidade.
Ao averiguar o veículo, a polícia encontrou duas notas fiscais, em nome da Distribuidora Laony, nos valores de R$ 7.100 e R$ 6.900, respectivamente.
Quando questionados sobre as notas, os dois homens contaram à polícia sobre o esquema de falsificação e indicaram o local onde eram feitas as notas.
Os dois homens, que tiveram a identidade preservada, foram liberados após o depoimento e constaram do inquérito como testemunhas.
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