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19/04/2002 - 22h00

Ex-prefeito de Sumaré é condenado a 14 anos por assassinato

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da Folha de S.Paulo, em Campinas

O ex-prefeito de Sumaré João Smânio Franceschini, 65, foi condenado nesta sexta-feira a 14 anos de prisão, em regime fechado, pela participação no assassinato da advogada Hedy Madalena Bocchi Mazer, 52, em 95.

A sentença foi dada pela juíza Luciane Retto da Silva, após dois dias de julgamento. O ex-prefeito poderá recorrer da sentença em liberdade.

A juíza justificou a decisão devido ao fato do ex-prefeito ser réu primário e ter residência fixa.

A decisão do júri popular foi apertada. Quatro jurados julgaram o réu culpado. Os outros três jurados foram contra a condenação de Franceschini.

O advogado do ex-prefeito, José Luiz Blander de Camargo Castro, deve recorrer da sentença na próxima terça-feira.

A advogada foi morta com cinco tiros e oito facadas, quando chegava na fazenda São João da Várzea, em Hortolândia, onde morou com o ex-prefeito de Sumaré por dez anos.

De acordo com a acusação, a morte da advogada foi tramada por Franceschini, pela vidente Ângela Maria da Silva, a "Tia Baiana", e o marido da vidente, o comerciante Pedro Luís de Jesus.

O esclarecimento do caso começou com a prisão da vidente. Ela confessou, de acordo com acusação, que os três contrataram o pistoleiro Heliodoro de Souza Filho para matar Hedy.

Jesus e Souza Filho foram assassinados violentamente pouco depois do assassinato da advogada. Os dois crimes ainda não foram esclarecidos pela polícia.

Jesus foi encontrado morto, executado a tiros, na estrada do "Mão Branca", em Campinas.

Souza Filho foi encontrado morto a tiros em Campo Limpo Paulista, próximo a Jundiaí.

"Tia Baiana" chegou a permanecer presa, nas cadeias de Jundiaí e Sumaré. Foi levada a julgamento pelos assassinatos do marido e de Souza Filho, mas foi absolvida. Ela fugiu da cadeia de Sumaré em 1999 e desapareceu.

Franceschini exerceu o cargo de vereador de Sumaré entre 1963 e 1966. Ele foi eleito por duas vezes, comandando o executivo de 1967 a 1969 e de 1973 a 1976.

Foi ele quem inaugurou, em 1968, o novo prédio do fórum, onde foi julgado.

Hoje, o ex-prefeito administra uma emissora de rádio de sua propriedade e a fazenda onde morava com a vítima.

O julgamento do ex-prefeito começou na manhã de ontem e foi interrompido às 20h30. Hoje, o julgamento teve duração de dez horas e 30 minutos. Pelo menos 30 policiais militares fizeram a segurança do fórum.
 

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