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23/04/2002
-
06h10
MÁRIO TONOCCHI
free-lance para a Folha Campinas
O prefeito de Santa Cruz da Conceição, Jair Capodifóglio (PSDB), 43, prepara o lançamento de 20 mil filhotes de matrinxã (peixe exótico da bacia do Amazonas) na represa da cidade, chamada de Prainha, em 1º de maio.
A meta é usar um predador para reduzir o número de piranhas pirambebas no local, mas o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) pode pedir a prisão do prefeito por crime ambiental.
Neste ano, 64 pessoas mordidas por piranhas foram atendidas no posto médico da Prainha, principal ponto turístico da cidade de 2.000 habitantes (197 km de SP).
O pesquisador José Oswaldo Junqueira, do Cepta (Centro Internacional de Pesquisa de Peixes Tropicais) do Ibama, promete intervir na decisão de usar alevinos. "Não é permitido, a espécie não é da bacia do [rio] Mogi-Guaçu."
Pela Lei de Crimes Ambientais, "disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas" resulta em multa e prisão de um a quatro anos. Sérgio Tessari, chefe de gabinete da cidade, diz que o bloqueio parcial da Prainha, semana passada, não resolveu o problema. "Colocamos placas, faixas e distribuímos folhetos, mas as pessoas seguem entrando na água."
Prefeito pode ser preso se jogar peixe em represa contra piranhas
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free-lance para a Folha Campinas
O prefeito de Santa Cruz da Conceição, Jair Capodifóglio (PSDB), 43, prepara o lançamento de 20 mil filhotes de matrinxã (peixe exótico da bacia do Amazonas) na represa da cidade, chamada de Prainha, em 1º de maio.
A meta é usar um predador para reduzir o número de piranhas pirambebas no local, mas o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) pode pedir a prisão do prefeito por crime ambiental.
Neste ano, 64 pessoas mordidas por piranhas foram atendidas no posto médico da Prainha, principal ponto turístico da cidade de 2.000 habitantes (197 km de SP).
O pesquisador José Oswaldo Junqueira, do Cepta (Centro Internacional de Pesquisa de Peixes Tropicais) do Ibama, promete intervir na decisão de usar alevinos. "Não é permitido, a espécie não é da bacia do [rio] Mogi-Guaçu."
Pela Lei de Crimes Ambientais, "disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas" resulta em multa e prisão de um a quatro anos. Sérgio Tessari, chefe de gabinete da cidade, diz que o bloqueio parcial da Prainha, semana passada, não resolveu o problema. "Colocamos placas, faixas e distribuímos folhetos, mas as pessoas seguem entrando na água."
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