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24/04/2002
-
12h23
BRUNO LIMA
da Folha Ribeirão
A morte de um homem de 52 anos, na porta da casa dele, por volta das 22h30 de anteontem, pôs fim a uma marca que era um orgulho da polícia de Patrocínio Paulista (413 km de SP). Há oito anos não era registrado um homicídio doloso na cidade, que tem cerca de 11 mil habitantes.
José Cláudio de Castro, funcionário aposentado do Banespa, foi baleado no rosto dentro de seu carro _uma D-20 vermelha ano 1994_ quando chegava à casa dele, no centro de Patrocínio Paulista. Castro voltava de um bar próximo da casa e tinha acabado de abrir o portão da garagem.
Segundo a polícia, um vizinho de cerca de 70 anos ouviu o barulho de um disparo e viu dois homens correndo. Na fuga, um deles teria deixado para trás um par de chinelos.
O tiro foi disparado a mais ou menos um metro de distância do veículo e passou pela janela do motorista. O vidro do carro estava aberto. A bala ficou alojada na cabeça de Castro.
"A família, a cidade inteira, estão todos chocados", disse Maria Eliza Pereira de Castro, 53, viúva do bancário aposentado. Os dois estavam prestes a completar 30 anos de casados.
Ela afirmou que não imagina por que razão alguém iria querer matar seu marido e disse acreditar que a intenção dos criminosos era mesmo roubar a camionete.
Castro tinha três filhos. A filha dele, uma adolescente de 17 anos, foi quem o encontrou morto na porta de casa.
A polícia está trabalhando com duas hipóteses para explicar o crime: tentativa de roubo e homicídio motivado por vingança.
Ainda não há pistas dos criminosos, segundo o delegado da cidade, Manir Martos Salomão, 35.
Salomão disse que nunca tinha tido necessidade de investigar um crime desse tipo na cidade.
"Faz tanto tempo que não acontece um homicídio por aqui que diria que foi uma surpresa. A violência está chegando aos pequenos centros."
Ele afirmou que os oito anos sem homicídios dolosos (com intenção de matar) na cidade eram motivo de orgulho e reflexo de um trabalho preventivo.
"É uma cidade pequena, mas a ausência de crimes [de homicídio doloso] é também fruto de um trabalho nosso", afirmou.
De acordo com Salomão, os crimes normalmente registrados no município são delitos contra o patrimônio, como roubos e furtos.
Colaborou Marco Sérgio Silva, free-lance para a Folha Ribeirão
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A morte de um homem de 52 anos, na porta da casa dele, por volta das 22h30 de anteontem, pôs fim a uma marca que era um orgulho da polícia de Patrocínio Paulista (413 km de SP). Há oito anos não era registrado um homicídio doloso na cidade, que tem cerca de 11 mil habitantes.
José Cláudio de Castro, funcionário aposentado do Banespa, foi baleado no rosto dentro de seu carro _uma D-20 vermelha ano 1994_ quando chegava à casa dele, no centro de Patrocínio Paulista. Castro voltava de um bar próximo da casa e tinha acabado de abrir o portão da garagem.
Segundo a polícia, um vizinho de cerca de 70 anos ouviu o barulho de um disparo e viu dois homens correndo. Na fuga, um deles teria deixado para trás um par de chinelos.
O tiro foi disparado a mais ou menos um metro de distância do veículo e passou pela janela do motorista. O vidro do carro estava aberto. A bala ficou alojada na cabeça de Castro.
"A família, a cidade inteira, estão todos chocados", disse Maria Eliza Pereira de Castro, 53, viúva do bancário aposentado. Os dois estavam prestes a completar 30 anos de casados.
Ela afirmou que não imagina por que razão alguém iria querer matar seu marido e disse acreditar que a intenção dos criminosos era mesmo roubar a camionete.
Castro tinha três filhos. A filha dele, uma adolescente de 17 anos, foi quem o encontrou morto na porta de casa.
A polícia está trabalhando com duas hipóteses para explicar o crime: tentativa de roubo e homicídio motivado por vingança.
Ainda não há pistas dos criminosos, segundo o delegado da cidade, Manir Martos Salomão, 35.
Salomão disse que nunca tinha tido necessidade de investigar um crime desse tipo na cidade.
"Faz tanto tempo que não acontece um homicídio por aqui que diria que foi uma surpresa. A violência está chegando aos pequenos centros."
Ele afirmou que os oito anos sem homicídios dolosos (com intenção de matar) na cidade eram motivo de orgulho e reflexo de um trabalho preventivo.
"É uma cidade pequena, mas a ausência de crimes [de homicídio doloso] é também fruto de um trabalho nosso", afirmou.
De acordo com Salomão, os crimes normalmente registrados no município são delitos contra o patrimônio, como roubos e furtos.
Colaborou Marco Sérgio Silva, free-lance para a Folha Ribeirão
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