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25/04/2002
-
21h23
da Folha de S.Paulo, no Vale
Os empresários Evaldo Martucelli Monteiro e Geraldo Magela dos Santos, acusados de integrar a máfia dos combustíveis, voltaram a ser presos ontem pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), em Guaratinguetá, por ordem da Justiça.
Na semana passada, eles foram liberados depois de ficar cinco dias detidos provisoriamente para o interrogatório.
Os empresários são sócios de Joaquim Felipe Santoro de Souza, o Quincas, que está preso desde outubro no ano passado.
Na primeira prisão, a Polícia Civil de Guará havia conseguido a detenção provisória dos suspeitos por cinco dias, mas a Justiça da cidade não concedeu a prorrogação por falta de provas.
Agora, os empresários foram presos por um mandado expedido pela Justiça de Queluz em um outro processo, que também apura a participação da dupla na suposta máfia.
A Justiça de Queluz concedeu a prisão preventiva, por tempo indeterminado. Ontem os empresários foram transferidos para a Cadeia de Queluz.
Desde o registro do primeiro roubo de carga em Queluz, no primeiro semestre do ano passado, o promotor Luiz Fernando Marques pediu a prisão preventiva de 15 envolvidos com sonegação fiscal, adulteração de combustível e outros crimes ligados à máfia. Dos acusados de envolvimento, nove estão presos, entre eles Quincas e os dois empresários de Guará.
"Esse inquérito, que já está concluído, foi um golpe forte na máfia dos combustíveis, mas ainda há outros inquéritos para serem abertos envolvendo outros nomes", disse o promotor.
Segundo Marques, os dois empresários têm atuação vinculada à máfia por adulteração de combustível, sonegação fiscal e venda do produto.
"Agora eles não passarão mais por interrogatórios da polícia e sim do juiz, em julgamento", afirmou Marques.
Mais suspeitos
Segundo o delegado da Dise de Guará, Hélio Francisco Borges dos Santos, seis suspeitos de envolvimento com a máfia e que têm prisão preventiva decretada ainda estão foragidos.
Um deles é o juiz de futebol Ricardo Luiz de Camargo, de Cachoeira Paulista. Ele estava preso desde o ano passado, em Itamonte (MG), por tráfico de drogas, mas fugiu na semana passada.
Segundo Santos, o juiz atraía os caminhoneiros aos postos de combustíveis para os roubos.
"Não são somente os sócios de Quincas que se beneficiam da máfia", disse o delegado.
De acordo com o promotor de Queluz, funcionários de postos, como frentistas e gerentes, também estão nas listas de envolvidos com o esquema.
De acordo com Santos, os inquéritos de Guaratinguetá, que apontam 11 nomes, e o de Queluz, que determina a prisão de 15 acusados de envolvimento com a máfia dos combustíveis, já foram concluídos.
Falta apenas a prisão dos foragidos e o julgamento dos empresários presos.
A Folha não localizou a família nem os advogados dos empresários presos anteontem.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Combustíveis, da Assembléia Legislativa está com suas atividades interrompidas. Os deputados estaduais votarão na próxima semana a prorrogação da comissão, que há cerca de um ano investiga o roubo de cargas e outros crimes ligados à máfia dos combustíveis.
Empresários suspeitos de integrar máfia dos combustíveis são presos
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Os empresários Evaldo Martucelli Monteiro e Geraldo Magela dos Santos, acusados de integrar a máfia dos combustíveis, voltaram a ser presos ontem pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), em Guaratinguetá, por ordem da Justiça.
Na semana passada, eles foram liberados depois de ficar cinco dias detidos provisoriamente para o interrogatório.
Os empresários são sócios de Joaquim Felipe Santoro de Souza, o Quincas, que está preso desde outubro no ano passado.
Na primeira prisão, a Polícia Civil de Guará havia conseguido a detenção provisória dos suspeitos por cinco dias, mas a Justiça da cidade não concedeu a prorrogação por falta de provas.
Agora, os empresários foram presos por um mandado expedido pela Justiça de Queluz em um outro processo, que também apura a participação da dupla na suposta máfia.
A Justiça de Queluz concedeu a prisão preventiva, por tempo indeterminado. Ontem os empresários foram transferidos para a Cadeia de Queluz.
Desde o registro do primeiro roubo de carga em Queluz, no primeiro semestre do ano passado, o promotor Luiz Fernando Marques pediu a prisão preventiva de 15 envolvidos com sonegação fiscal, adulteração de combustível e outros crimes ligados à máfia. Dos acusados de envolvimento, nove estão presos, entre eles Quincas e os dois empresários de Guará.
"Esse inquérito, que já está concluído, foi um golpe forte na máfia dos combustíveis, mas ainda há outros inquéritos para serem abertos envolvendo outros nomes", disse o promotor.
Segundo Marques, os dois empresários têm atuação vinculada à máfia por adulteração de combustível, sonegação fiscal e venda do produto.
"Agora eles não passarão mais por interrogatórios da polícia e sim do juiz, em julgamento", afirmou Marques.
Mais suspeitos
Segundo o delegado da Dise de Guará, Hélio Francisco Borges dos Santos, seis suspeitos de envolvimento com a máfia e que têm prisão preventiva decretada ainda estão foragidos.
Um deles é o juiz de futebol Ricardo Luiz de Camargo, de Cachoeira Paulista. Ele estava preso desde o ano passado, em Itamonte (MG), por tráfico de drogas, mas fugiu na semana passada.
Segundo Santos, o juiz atraía os caminhoneiros aos postos de combustíveis para os roubos.
"Não são somente os sócios de Quincas que se beneficiam da máfia", disse o delegado.
De acordo com o promotor de Queluz, funcionários de postos, como frentistas e gerentes, também estão nas listas de envolvidos com o esquema.
De acordo com Santos, os inquéritos de Guaratinguetá, que apontam 11 nomes, e o de Queluz, que determina a prisão de 15 acusados de envolvimento com a máfia dos combustíveis, já foram concluídos.
Falta apenas a prisão dos foragidos e o julgamento dos empresários presos.
A Folha não localizou a família nem os advogados dos empresários presos anteontem.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Combustíveis, da Assembléia Legislativa está com suas atividades interrompidas. Os deputados estaduais votarão na próxima semana a prorrogação da comissão, que há cerca de um ano investiga o roubo de cargas e outros crimes ligados à máfia dos combustíveis.
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