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09/02/2009 - 19h36

Anac abre procedimento para averiguar segurança de avião que caiu no AM

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da Folha Online

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) abriu um processo administrativo para averiguar em que condições de segurança operacional a Manaus Aerotáxi operava o Bandeirante, que caiu neste sábado (7) em Manacapuru (AM). O acidente deixou 24 mortos. A investigação pode levar seis meses.

Saiba como foi o acidente aéreo que deixou 24 mortos no Amazonas

A Manaus Aerotáxi tem cadastrados na Anac seis aeronaves: dois modelos Turbo Commander, dois Bandeirantes (além da aeronave que caiu) e um Xingu que aguarda liberação do Certificado de Aeronavegabilidade.

Reprodução
Modelo do avião EMB 110 Bandeirante, que caiu em rio Manacapuru (a 85 km de Manaus) sábado(7); 24 morreram --18 da mesma família
Modelo do avião EMB 110 Bandeirante, que caiu em rio Manacapuru (a 85 km de Manaus) sábado(7); 24 morreram --18 da mesma família

A empresa opera desde 2003 e não havia registrado, até sábado, nenhum acidente. A auditoria mais recente da Anac na empresa ocorreu em novembro de 2008 e não foram constatadas irregularidades que comprometessem as operações, segundo a agência.

Enterros

Nesta segunda-feira cerca de 30 mil pessoas acompanharam o enterro, em Coari (AM), dos corpos de 22 das 24 vítimas do acidente, segundo a Polícia Militar.

O enterro ocorreu na manhã desta segunda-feira no cemitério Santa Terezinha, no bairro do Espírito Santo. Os corpos foram velados no ginásio municipal Geraldo Granjeiro, desde as 15h deste domingo (8).

A Polícia Militar da cidade estima que, entre ontem e hoje, quase 40 mil pessoas tenham passado pela cidade. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município de Coari --de onde a aeronave partiu com destino a Manaus-- tem cerca de 65 mil habitantes.

Causas

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da Aeronáutica, investiga se o excesso de peso foi um dos fatores que contribuiu para a queda do avião. A empresa Manaus Aerotáxi, responsável pela aeronave, descarta a possibilidade.

A sobrevivente Brenda Dias Moraes, 21, diz que viu várias crianças com cerca de oito anos viajando no colo de outras pessoas no voo. Uma portaria da Anac, de 2000, permite um acréscimo de 30% de passageiros crianças com até dois anos.

Na noite de ontem, a fabricante Embraer enviou uma nota lamentando o acidente ocorrido com a aeronave.

Acidente

O acidente ocorreu por volta das 14h de sábado. O Bandeirante saiu de Coari, com destino a Manaus, mas, devido à chuva, pediu autorização para o centro de controle aéreo da capital do Estado para retornar ao aeroporto de onde partiu. O centro autorizou a volta da aeronave, que desapareceu do sinal de comunicação.

O avião teria tentado pousar em uma pista abandonada na comunidade de Santo Antonio, em Manacapuru, que fica próxima ao rio, segundo o oficial de comunicação do Corpo de Bombeiros do município, capitão Helyanthus Borges. De acordo com a Aeronáutica, o avião caiu a 500 metros da pista.

Os quatro sobreviventes, segundo o capitão, estavam em assentos na cauda do Bandeirantes. Os demais ficaram presos na aeronave, que afundou no rio. No site da empresa, a aeronave aparece com capacidade para 16 passageiros ou 1.500 kg de carga.

A Anac (Agência Nacional de Avião Civil) informou que a empresa e o comandante do avião tinham documentação regularizada para operar.

 

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