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29/04/2002
-
22h11
da Folha de S.Paulo, em Campinas
O DHPP (Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa), de São Paulo, começa nesta quarta-feira a preparar o relatório final do inquérito que investigou a morte do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, morto em 10 de setembro do ano passado.
Com isso, o delegado que preside o caso, Luiz Fernando Lopes Teixeira, conclui o inquérito sem ter a arma do crime, sem a confissão do assassino _que estaria morto_, sem provas sobre a motivação e sem a reconstituição.
A reconstituição _avaliação ilustrativa da dinâmica dos fatos, termo técnico para quando o trabalho é feita sem os autores, na definição da polícia_, que estava marcada para amanhã à noite, foi adiada.
O adiamento foi um pedido do Ministério Público e do advogado da família de Toninho, Ralph Tórtima Sttetinger. O motivo: ainda faltam resultados de laudos técnicos.
Mesmo assim, o caso será relatado e encaminhado para o Ministério Público.
"O relatório final do inquérito não depende disso [da reconstituição], que poderá ser feito até mesmo durante o curso do processo", declarou o delegado do DHPP.
Para o DHPP, Toninho foi morto pela quadrilha do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, 23, o Andinho.
A quadrilha estaria fugindo de uma tentativa frustrada de sequestro e teria atirado contra o carro de Toninho, pois ele teria atrapalhado a fuga, na avenida Mackenzie.
O tiro que matou Toninho teria sido disparado por Anderson José Bastos, o Anso, morto em Caraguatatuba em outubro passado por policiais de Campinas.
Andinho foi indiciado na última semana por co-autoria no crime. Ele estaria dentro do carro. No entanto ele nega.
Os outros dois membros do grupo que estariam juntos, Valdemir Conti, o Valmirzinho, e Vandecir de Souza Moura, o Fiinho, também estão mortos.
A arma do crime, uma pistola 9 milímetros, nunca foi encontrada. "Esses quadros não são um impedimento para se iniciar um processo crime contra alguém. Basta uma suspeita fundada. No curso do processo, vão se aprimorando provas", disse Sttetinger.
A viúva de Toninho, Roseana Moraes Garcia, e a comissão petista que acompanha as investigações não aceitam a versão apresentada pela polícia de São Paulo e querem o adiamento da conclusão do inquérito.
"Para mim, a simulação foi cancelada por medo de não conseguir comprovar a tese de crime banal", afirmou Roseana.
Tanto Roseana como a comissão afirmam que não há provas suficientes para que o inquérito seja relatado. "Do jeito que está [o inquérito], ninguém será condenado", afirmou o secretário municipal dos Assuntos Jurídicos, Nilson Roberto Lucílio, membro da comissão petista.
A única hipótese aceita pela comissão e pela família de Toninho é a de que a morte do prefeito foi encomendada.
Polícia vai concluir caso de prefeito Toninho do PT sem ter provas
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O DHPP (Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa), de São Paulo, começa nesta quarta-feira a preparar o relatório final do inquérito que investigou a morte do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, morto em 10 de setembro do ano passado.
Com isso, o delegado que preside o caso, Luiz Fernando Lopes Teixeira, conclui o inquérito sem ter a arma do crime, sem a confissão do assassino _que estaria morto_, sem provas sobre a motivação e sem a reconstituição.
A reconstituição _avaliação ilustrativa da dinâmica dos fatos, termo técnico para quando o trabalho é feita sem os autores, na definição da polícia_, que estava marcada para amanhã à noite, foi adiada.
O adiamento foi um pedido do Ministério Público e do advogado da família de Toninho, Ralph Tórtima Sttetinger. O motivo: ainda faltam resultados de laudos técnicos.
Mesmo assim, o caso será relatado e encaminhado para o Ministério Público.
"O relatório final do inquérito não depende disso [da reconstituição], que poderá ser feito até mesmo durante o curso do processo", declarou o delegado do DHPP.
Para o DHPP, Toninho foi morto pela quadrilha do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, 23, o Andinho.
A quadrilha estaria fugindo de uma tentativa frustrada de sequestro e teria atirado contra o carro de Toninho, pois ele teria atrapalhado a fuga, na avenida Mackenzie.
O tiro que matou Toninho teria sido disparado por Anderson José Bastos, o Anso, morto em Caraguatatuba em outubro passado por policiais de Campinas.
Andinho foi indiciado na última semana por co-autoria no crime. Ele estaria dentro do carro. No entanto ele nega.
Os outros dois membros do grupo que estariam juntos, Valdemir Conti, o Valmirzinho, e Vandecir de Souza Moura, o Fiinho, também estão mortos.
A arma do crime, uma pistola 9 milímetros, nunca foi encontrada. "Esses quadros não são um impedimento para se iniciar um processo crime contra alguém. Basta uma suspeita fundada. No curso do processo, vão se aprimorando provas", disse Sttetinger.
A viúva de Toninho, Roseana Moraes Garcia, e a comissão petista que acompanha as investigações não aceitam a versão apresentada pela polícia de São Paulo e querem o adiamento da conclusão do inquérito.
"Para mim, a simulação foi cancelada por medo de não conseguir comprovar a tese de crime banal", afirmou Roseana.
Tanto Roseana como a comissão afirmam que não há provas suficientes para que o inquérito seja relatado. "Do jeito que está [o inquérito], ninguém será condenado", afirmou o secretário municipal dos Assuntos Jurídicos, Nilson Roberto Lucílio, membro da comissão petista.
A única hipótese aceita pela comissão e pela família de Toninho é a de que a morte do prefeito foi encomendada.
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