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30/04/2002
-
18h09
LÍVIA MARRA
da Folha Online
O advogado Ralph Tórtima Sttetinger, que representava a família do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, disse hoje que abandonará o caso. O prefeito foi assassinado em setembro do ano passado.
O advogado disse que deixa o caso porque não concorda com a posição da viúva de Toninho, Roseana Moraes Garcia. Para ela, o prefeito não foi vítima de um crime banal, como afirma a Polícia Civil.
"Há um entendimento entre a família e a comissão [do PT] que acompanha o caso de que as investigações devem continuar. As investigações chegaram no limite, se esgotaram. Não há concordância. A partir de hoje nosso escritório está fora do caso", afirmou Sttetinger.
Para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o prefeito foi assassinado porque dirigia devagar e impedia a passagem da quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, que havia tentado um sequestro e estava em fuga.
Andinho foi indiciado, no dia 24, por co-autoria no crime, embora negue participação no assassinato. Cristiano Nascimento de Faria, o Cris, outro integrante da quadrilha, disse à polícia que foi Anderson José Bastos, o Anso, quem atirou contra o prefeito. Anso morreu durante ação policial em Caraguatatuba.
"A cautela e a experiência nos levam a não descartar qualquer hipótese. Com relação ao crime banal, ninguém vai poder afirmar que foi isso o que aconteceu", disse o advogado.
A arma do crime não foi localizada. Uma reprodução simulada do assassinato estava marcada para ocorrer na noite desta terça-feira, mas foi adiada.
Segundo o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP, a alteração ocorreu por "problemas técnicos", e não deverá atrapalhar a conclusão do inquérito.
A previsão da polícia é de que o caso seja encerrado na primeira quinzena de maio.
O secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Campinas, Nilson Roberto Lucílio, coordenador da comissão do PT que acompanha as investigações sobre o assassinato do prefeito, disse que deve se reunir com o Sttetinger na sexta-feira. "Gostaria que ele ficasse", afirmou.
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O advogado Ralph Tórtima Sttetinger, que representava a família do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, disse hoje que abandonará o caso. O prefeito foi assassinado em setembro do ano passado.
O advogado disse que deixa o caso porque não concorda com a posição da viúva de Toninho, Roseana Moraes Garcia. Para ela, o prefeito não foi vítima de um crime banal, como afirma a Polícia Civil.
"Há um entendimento entre a família e a comissão [do PT] que acompanha o caso de que as investigações devem continuar. As investigações chegaram no limite, se esgotaram. Não há concordância. A partir de hoje nosso escritório está fora do caso", afirmou Sttetinger.
Para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o prefeito foi assassinado porque dirigia devagar e impedia a passagem da quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, que havia tentado um sequestro e estava em fuga.
Andinho foi indiciado, no dia 24, por co-autoria no crime, embora negue participação no assassinato. Cristiano Nascimento de Faria, o Cris, outro integrante da quadrilha, disse à polícia que foi Anderson José Bastos, o Anso, quem atirou contra o prefeito. Anso morreu durante ação policial em Caraguatatuba.
"A cautela e a experiência nos levam a não descartar qualquer hipótese. Com relação ao crime banal, ninguém vai poder afirmar que foi isso o que aconteceu", disse o advogado.
A arma do crime não foi localizada. Uma reprodução simulada do assassinato estava marcada para ocorrer na noite desta terça-feira, mas foi adiada.
Segundo o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP, a alteração ocorreu por "problemas técnicos", e não deverá atrapalhar a conclusão do inquérito.
A previsão da polícia é de que o caso seja encerrado na primeira quinzena de maio.
O secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Campinas, Nilson Roberto Lucílio, coordenador da comissão do PT que acompanha as investigações sobre o assassinato do prefeito, disse que deve se reunir com o Sttetinger na sexta-feira. "Gostaria que ele ficasse", afirmou.
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