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01/05/2002
-
20h13
ELIANE MENDONÇA
da Folha de S.Paulo, no Rio
O presidente da Abrapia, Lauro Monteiro Filho, atribui o crescimento no número de casos à grande divulgação, pela mídia, de casos de violência envolvendo a classe média. Um dos exemplos usados por Monteiro Filho é o caso do pediatra Eugênio Chipkevitch, 47, acusado de sedar e abusar sexualmente de cerca de 35 pacientes _a maioria adolescentes.
Chipkevitch foi preso no último dia 21 de março após ter sido exibido na TV imagens em que o médico abusava sexualmente de seus pacientes após dopá-los com algum medicamento.
O caso causou polêmica e chocou profissionais da classe médica, já que Chipkevitch era considerado referência nacional e internacional na área pediátrica.
Outro exemplo é a divulgação recente de casos de pedofilia na Igreja Católica. Na semana passada, o papa João Paulo 2º chegou a afirmar, durante uma reunião no Vaticano, que o abuso sexual cometido por padres "é errado e considerado corretamente um crime pela sociedade e também um pecado hediondo aos olhos de Deus".
Os dois episódios evidenciaram que a violência sexual não faz distinção de classe social e preocuparam a sociedade que agora, segundo o presidente da Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência), Monteiro Filho.
"Eu mesmo, na minha experiência profissional, já atendi diversas crianças, e até mesmo bebês, com sinais evidentes de violência sexual cometidos por familiares. A primeira reação dos pais, que chegam alegando outros motivos para os ferimentos, é fugir com a criança do hospital quando percebe a desconfiança de alguém", disse.
Mídia é principal divulgadora de casos de abuso, diz especialista
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O presidente da Abrapia, Lauro Monteiro Filho, atribui o crescimento no número de casos à grande divulgação, pela mídia, de casos de violência envolvendo a classe média. Um dos exemplos usados por Monteiro Filho é o caso do pediatra Eugênio Chipkevitch, 47, acusado de sedar e abusar sexualmente de cerca de 35 pacientes _a maioria adolescentes.
Chipkevitch foi preso no último dia 21 de março após ter sido exibido na TV imagens em que o médico abusava sexualmente de seus pacientes após dopá-los com algum medicamento.
O caso causou polêmica e chocou profissionais da classe médica, já que Chipkevitch era considerado referência nacional e internacional na área pediátrica.
Outro exemplo é a divulgação recente de casos de pedofilia na Igreja Católica. Na semana passada, o papa João Paulo 2º chegou a afirmar, durante uma reunião no Vaticano, que o abuso sexual cometido por padres "é errado e considerado corretamente um crime pela sociedade e também um pecado hediondo aos olhos de Deus".
Os dois episódios evidenciaram que a violência sexual não faz distinção de classe social e preocuparam a sociedade que agora, segundo o presidente da Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência), Monteiro Filho.
"Eu mesmo, na minha experiência profissional, já atendi diversas crianças, e até mesmo bebês, com sinais evidentes de violência sexual cometidos por familiares. A primeira reação dos pais, que chegam alegando outros motivos para os ferimentos, é fugir com a criança do hospital quando percebe a desconfiança de alguém", disse.
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