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02/05/2002 - 10h04

Abril é o mês mais violento desde março de 2001 em Ribeirão Preto

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MARCOS SERGIO SILVA
da Folha Ribeirão

Com dois homicídios anteontem à noite, abril fechou as estatísticas da polícia somando 27 assassinatos. É o mês mais violento de Ribeirão Preto (314 km de SP) desde março de 2001, quando foi registrado o mesmo número de crimes.

A polícia atribui o aumento aos primeiros 13 dias do mês, quando 18 homicídios foram registrados. Segundo o delegado-seccional de Ribeirão, José Manoel Oliveira, a tendência voltou a ser de queda nos últimos dias de abril.

Além dos 27 homicídios, a polícia também registrou um latrocínio (roubo seguido de morte) e um encontro de ossada, cuja vítima a polícia acredita ter sido assassinada em novembro de 2001.

A alta de homicídios em abril reverte uma tendência de queda que vinha sendo registrada desde março do ano passado. Desde então, a média de assassinatos por mês foi de 13,66 _inferior à taxa de 21,75 homicídios mensais verificada nos 12 meses anteriores.

Janeiro e fevereiro, por exemplo, meses considerados violentos, registraram dez e seis homicídios neste ano. Em 2001, foram 22 e 21, respectivamente.

Os dois assassinatos de anteontem aconteceram nas zonas norte e leste. Em ambos os casos, as vítimas morreram no local após serem atingidas por sete tiros cada.

O primeiro crime aconteceu às 21h, no cruzamento da avenida Magid Simão com a rua Genebaldo Sá, no Simioni. O autônomo José Luiz Ricardo da Silva, 23, recebeu tiros na nuca, no rosto, costas e barriga. Dois homens em uma bicicleta teriam atirado contra o autônomo, segundo as testemunhas disseram à polícia.

Em outro homicídio, no Avelino Palma, o auxiliar de guincheiro José Cícero Araújo, 38, recebeu sete tiros em um bar. Ele estava conversando com dois amigos quando o local foi invadido.

Na hora do crime, algumas pessoas se esconderam no banheiro e outras conseguiram fugir. Nada foi levado de Araújo. Nos bolsos, foram encontrados R$ 270 e dois cheques em branco.

Dos 27 homicídios ocorridos em abril, pelo menos três tiveram grande repercussão. Um deles foi o assassinato de Camilo Thomasino, 18, no Jardim das Pedras.

Dois homens fortemente armados invadiram o apartamento e fuzilaram o estudante, que tentou se esconder na cama dos pais. O pai de Thomasino cometeu suicídio, segundo a polícia, duas semanas depois do crime.

Na semana passada, dois assassinatos puseram a polícia em xeque. O advogado Joanin Del Saint foi morto pouco depois de deixar o prédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Ele acompanhou o depoimento de João Paulo Alves da Silva, 21, acusado de jogar uma bomba na casa do delegado Paulo Pereira de Paula.

Na última sexta-feira, João Paulo apareceu morto na cela 3 do anexo do 1º DP.

O mês de maio também já teve seu primeiro assassinato. Por volta das 18h de ontem, Vanderlei Simões, 31, foi encontrado morto pela PM, no Jardim Aeroporto.
 

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