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05/05/2002
-
13h10
da Agência Folha, em Alcântara
Remanejados em setembro de 85 para uma área distante da pesca e da caça, os moradores da agrovila do Cajueiro são hoje um retrato do empobrecimento dos descendentes de moradores de quilombos.
Atualmente, 76 famílias vivem no local, o que representa cerca de 600 pessoas. Assim como nas demais agrovilas, não há rede de esgoto nem água tratada. A luz elétrica é o único benefício. Em caso de emergência médica, os moradores precisam se locomover até o centro de Alcântara.
Uma simples pescaria requer sacrifício: passar de três a quatro dias longe de casa a fim de retornar com certa quantidade de alimentos.
Não há circulação de dinheiro. Todos estão desempregados. Cada um tem sua função dentro da agrovila, desde a plantação e a pesca até a lavagem de roupas e a preparação dos alimentos.
De acordo com José Silva, 58, conhecido como Guri, as plantações que ocupam hoje os quintais das famílias abastecem apenas os próprios moradores. 'Não há mais como vender parte da colheita nas feiras de São Luís. A terra que nos deram é muito ruim. O que colhemos só dá para alimentar nossas crianças', disse Guri, que é bisneto de escravos.
Comunidade no MA tem 600 moradores e nenhum emprego
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Remanejados em setembro de 85 para uma área distante da pesca e da caça, os moradores da agrovila do Cajueiro são hoje um retrato do empobrecimento dos descendentes de moradores de quilombos.
Atualmente, 76 famílias vivem no local, o que representa cerca de 600 pessoas. Assim como nas demais agrovilas, não há rede de esgoto nem água tratada. A luz elétrica é o único benefício. Em caso de emergência médica, os moradores precisam se locomover até o centro de Alcântara.
Uma simples pescaria requer sacrifício: passar de três a quatro dias longe de casa a fim de retornar com certa quantidade de alimentos.
Não há circulação de dinheiro. Todos estão desempregados. Cada um tem sua função dentro da agrovila, desde a plantação e a pesca até a lavagem de roupas e a preparação dos alimentos.
De acordo com José Silva, 58, conhecido como Guri, as plantações que ocupam hoje os quintais das famílias abastecem apenas os próprios moradores. 'Não há mais como vender parte da colheita nas feiras de São Luís. A terra que nos deram é muito ruim. O que colhemos só dá para alimentar nossas crianças', disse Guri, que é bisneto de escravos.
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