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07/05/2002
-
06h20
da Folha de S.Paulo
A polícia afirma já ter o retrato falado de pelo menos cinco suspeitos de pertencer à quadrilha que sequestrou Cláudia Reali de Oliveira Ribeiro e seus três filhos. Apesar de classificar o grupo como "amador" e "inexperiente" no começo do sequestro, a polícia não prendeu nenhum suspeito.
Na opinião da polícia, a quadrilha que sequestrou a família foi a mesma que roubou a casa de Cláudia, na alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Paulistano (zona oeste de São Paulo), no começo do ano. O grupo levou um cofre com várias jóias.
Por isso, policiais avaliam que a quadrilha é integrada por assaltantes que teriam resolvido fazer um sequestro por causa do resultado desse assalto.
O número de reféns foi apontado na época por policiais como um sinal da inexperiência do grupo e de que o sequestro não iria durar muito tempo. O desfecho do caso mostrou que os policiais subestimaram a quadrilha.
Os retratos falados foram feitos com base em informações de funcionários da casa de Cláudia. Um detento que teria ligação com a quadrilha também teria fornecido informações que ajudaram a polícia na identificação do grupo.
Os retratos falados não foram divulgados. "Temos de primeiro concluir a investigação", disse o delegado Wagner Giudice, diretor da DAS (Divisão Anti-Sequestro).
A polícia afirma que se manteve distante do caso na negociação do resgate a pedido da família de Cláudia. A Folha apurou que a polícia temia que um desfecho negativo do sequestro pudesse prejudicar a campanha de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo do Estado.
"Se não tiver a informação segura, se ficar no campo da elucubração, tentando estourar qualquer lugar que seja o cativeiro, acaba dando errado", afirmou o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) de São Paulo.
De janeiro a março deste ano, o Estado de São Paulo teve 110 sequestros, 168% a mais do que no mesmo período de 2001, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A Grande São Paulo tem hoje sete sequestros em andamento.
O secretário da Segurança Publica, Saulo de Castro Abreu Filho, chegou a afirmar em sua solenidade de posse, em janeiro deste ano, que reduziria essa estatística negativa para, no máximo, dez sequestros por ano.
De acordo com Bittencourt, houve um investimento em treinamento para combater esse tipo de crime. "Todos os delegados mais antigos já tiveram inclusive cursos na Itália. Para os mais novos, damos preparação com aulas teóricas de como investigar e negociar", afirmou. Segundo Bittencourt, a polícia já prendeu 176 sequestradores neste ano.
Ele admite, no entanto, que a terceirização chegou ao ramo dos sequestros. "Tem bandido que não gosta de cativeiro. Há um envolvimento muito grande de mulheres, há necessidade de aparentar uma casa normal. Essa terceirização é porque há um pessoal que está se especializando em abordagem", avaliou.
Polícia tem retrato falado de cinco suspeitos de sequestrar Cláudia Reali
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A polícia afirma já ter o retrato falado de pelo menos cinco suspeitos de pertencer à quadrilha que sequestrou Cláudia Reali de Oliveira Ribeiro e seus três filhos. Apesar de classificar o grupo como "amador" e "inexperiente" no começo do sequestro, a polícia não prendeu nenhum suspeito.
Na opinião da polícia, a quadrilha que sequestrou a família foi a mesma que roubou a casa de Cláudia, na alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Paulistano (zona oeste de São Paulo), no começo do ano. O grupo levou um cofre com várias jóias.
Por isso, policiais avaliam que a quadrilha é integrada por assaltantes que teriam resolvido fazer um sequestro por causa do resultado desse assalto.
O número de reféns foi apontado na época por policiais como um sinal da inexperiência do grupo e de que o sequestro não iria durar muito tempo. O desfecho do caso mostrou que os policiais subestimaram a quadrilha.
Os retratos falados foram feitos com base em informações de funcionários da casa de Cláudia. Um detento que teria ligação com a quadrilha também teria fornecido informações que ajudaram a polícia na identificação do grupo.
Os retratos falados não foram divulgados. "Temos de primeiro concluir a investigação", disse o delegado Wagner Giudice, diretor da DAS (Divisão Anti-Sequestro).
A polícia afirma que se manteve distante do caso na negociação do resgate a pedido da família de Cláudia. A Folha apurou que a polícia temia que um desfecho negativo do sequestro pudesse prejudicar a campanha de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo do Estado.
"Se não tiver a informação segura, se ficar no campo da elucubração, tentando estourar qualquer lugar que seja o cativeiro, acaba dando errado", afirmou o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) de São Paulo.
De janeiro a março deste ano, o Estado de São Paulo teve 110 sequestros, 168% a mais do que no mesmo período de 2001, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A Grande São Paulo tem hoje sete sequestros em andamento.
O secretário da Segurança Publica, Saulo de Castro Abreu Filho, chegou a afirmar em sua solenidade de posse, em janeiro deste ano, que reduziria essa estatística negativa para, no máximo, dez sequestros por ano.
De acordo com Bittencourt, houve um investimento em treinamento para combater esse tipo de crime. "Todos os delegados mais antigos já tiveram inclusive cursos na Itália. Para os mais novos, damos preparação com aulas teóricas de como investigar e negociar", afirmou. Segundo Bittencourt, a polícia já prendeu 176 sequestradores neste ano.
Ele admite, no entanto, que a terceirização chegou ao ramo dos sequestros. "Tem bandido que não gosta de cativeiro. Há um envolvimento muito grande de mulheres, há necessidade de aparentar uma casa normal. Essa terceirização é porque há um pessoal que está se especializando em abordagem", avaliou.
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