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08/05/2002 - 10h05

Católicos perdem espaço para evangélicos e sem religião, diz Censo

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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online

As religiões evangélicas foram as que mais cresceram no Brasil na década de 90, enquanto a Igreja Católica perdeu espaço, segundo dados preliminares do Censo 2000. O estudo divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o percentual da população evangélica cresceu 70,7% nesse período, passando de 9,05% da população total do país em 1991 para 15,4% em 2000.

O IBGE considera uma população de aproximadamente 170 milhões em 2000 e 145 milhões em 1991.

Em números absolutos, os evangélicos representam hoje o dobro do que eram há dez anos, com 26 milhões de seguidores.

Já a Igreja Católica, que continua sendo a maior do país, viu sua influência cair. Hoje, os católicos representam 73,8% da população (125 milhões). Em 1991, eram 83,76% (121,8 milhões), uma queda de aproximadamente 12%.

O terceiro maior grupo no país continua sendo o de pessoas sem religião (7,28% da população), que teve um crescimento de 52%, passando de 6,9 milhões de pessoas para 12,3 milhões.

O percentual de brasileiros que se dizem adeptos de outras religiões passou de 2,41% do total da população em 1991 para 3,5% em 2000.

Nordeste
O Nordeste continua sendo o maior centro do catolicismo no país (com 80% da sua população), seguido pelo Sul (76,7%).

O Estado mais católico do país é o Piauí (91%) e o "menos católico", o Rio de Janeiro (57,16%).

A predominância dos evangélicos foi observada nas regiões Centro-Oeste e Norte, com 19,1% e 18,3% de participação na população, respectivamente.

No Sudeste, a população católica é de 69,7%, enquanto os evangélicos representam 17,7%. Também está nessa região a maioria dos "sem-fé", 8% da população local.

Dentro das outras religiões, uma curiosidade: o candomblé e a umbanda têm maior participação na região Sul (0,7%), contra apenas 0,1% no Nordeste.

Dados preliminares
Os dados divulgados hoje pelo IBGE são uma amostra de dados colhidos em 0,24% dos domicílios do país - 108.989 domicílios - e estão sujeitos a revisão.

Os dados são uma parte do questionário mais detalhado aplicado em 12% do total de domicílios brasileiros.

Quase todos os resultados que envolvem pequenas porcentagens podem ser modificados. A revisão deve ser anunciada até o final deste ano. Os dados do censo foram colhidos de 1º de agosto a 30 de novembro de 2000.

Leia mais:
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