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11/05/2002 - 11h05

Região de Ribeirão Preto (SP) tem cerca de 300 ônibus clandestinos

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EVANDRO SPINELLI
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

Cerca de 300 dos 1.100 ônibus que fazem o transporte de passageiros diariamente na região de Ribeirão Preto são clandestinos, conforme o Sindicato das Empresas de Ônibus de Fretamento.

A entidade não soube estimar quantos desses veículos transportam alunos que viajam diariamente para estudar em faculdades e escolas de ensino médio da região. São considerados irregulares os ônibus que não têm autorização do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) para trabalhar com fretamento.

Além de ônibus, há também pelo menos 50 vans clandestinas que transportam estudantes na região, segundo a Folha apurou. O DER confirmou a irregularidade nesse caso e informou que faz fiscalizações contra esse serviço.

A Folha apurou que pelo menos 500 ônibus levam estudantes todos os dias das cidades onde moram para as faculdades da região. Parte desses veículos é de prefeituras, que não precisam de licença para fazer o serviço.

Franca e Ribeirão recebem, juntas, cerca de 400 ônibus de estudantes por dia em um total de 16 mil alunos. Ribeirão tem sete universidades e faculdades. Franca tem outras quatro instituições.

Também recebem ônibus de estudantes São Carlos, Araraquara, Barretos, Sertãozinho, Jaboticabal, Bebedouro e Batatais.

O ônibus da empresa Sacratur que se acidentou no final da noite de quarta-feira na rodovia Candido Portinari, em Rifaina, não tinha autorização para transportar estudantes de Sacramento (MG) para Franca. No acidente morreram 20 pessoas, dois quais 19 eram alunos da Unifran (Universidade de Franca).

A rodovia é privatizada de Ribeirão a Franca, mas o trecho onde ocorreu o acidente é de responsabilidade do DER. Nesse caso, por se tratar de transporte interestadual, a autorização teria de ser emitida pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a fiscalização cabe à Polícia Rodoviária Federal.

O presidente sindicato, Irione Ivan Ramazini, afirmou que a falta de credenciamento pode levar a tragédias como a que aconteceu em Rifaina. "A busca do preço baixo cria o clandestino. Queremos a concorrência, mas uma concorrência sadia."

A assessoria do DER informou que o órgão não possui uma estimativa de ônibus clandestinos que atuam no Estado.
 

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