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13/05/2002 - 10h27

PM flagra 150 pessoas em briga de galo na zona leste de SP

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do Agora São Paulo

Uma denúncia anônima levou a Policia Militar Ambiental à chácara do desempregado Sebastião Rocha Alves, 55. Lá os policiais encontraram cerca de 150 pessoas apostando em briga de galos. A chácara, que abrigava 50 galos (a maioria estava bastante ferida), fica na rua Moreira Neto, em Guaianazes, zona leste de São Paulo.

Ao chegarem na chácara de Alves, por volta das 19h de sábado, os PMs encontraram um galpão fechado e lotado _inclusive por mulheres e crianças.

Dentro, todos assistiam a rinhas de galo que ocorriam em três arenas _uma principal, logo na entrada, e duas menores. No local também havia cubículos, com capacidade para armazenar até 80 galos. Pelo menos 87 dos espectadores foram parar no 44º DP (Guaianazes).

Segundo os policiais militares, os valores apostados iam de R$ 20 a R$ 200, conforme um caderno encontrado no galpão. No local também funcionava uma lanchonete.

Os PMs encontraram, ainda, uma mesa onde os galos eram medicados após as rinhas. Depois eram novamente colocados na arena. Vários medicamentos veterinários foram apreendidos, bem como biqueiras de aço e esporas de plástico pontiagudas que eram colocadas nas aves. Um dos galos mostrados pela PM estava agonizando.

De acordo com Alves, a rinha funcionava havia dez anos. Ele nega que ficava com parte das apostas feitas nas rinhas de seu galpão.

Segundo ele, sua renda vem de R$ 10 que cobra de entrada dos frequentadores, das vendas da lanchonete e da criação de galos e galinhas. A maioria dos galos de briga apreendidos, afirma, era dos apostadores, mas foram criados por ele, que os vendia por R$ 50. "Aí o pessoal que frequenta deixa os galos guardados lá".

As brigas de galo, descreve o proprietário, duram 45 minutos. "São 20 minutos, depois o galo descansa por dez. Volta para a rinha e briga por mais 25 minutos", descreve. No galpão é feito um campeonato. Os donos dos cinco galos com melhor desempenho recebem um troféu: um galo moldado em argila.

As rinhas acontecem num sábado a cada mês, entre maio a dezembro. "Essa foi a primeira rinha do ano. Entre dezembro e maio os galos trocam as penas e não podem brigar". De acordo com o proprietário, as aves brigam por três anos e depois só reproduzem. "Tenho um reprodutor, o Barrigueiro, que foi meu melhor galo de briga e já está com 15 anos de idade".

Alves foi indiciado por crime contra o meio ambiente.
 

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