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18/07/2000 - 21h04

Petrobras garante que vazamento no PR já está controlado

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da Reuters, em Araucária

A Petrobras garantiu na tarde desta terça-feira (18), em coletiva à imprensa, que o vazamento de 4 milhões de litros de óleo da refinaria Getúlio Vargas, ocorrido no domingo, está sob controle.

Segundo a Petrobras, a mancha está concentrada nos municípios do Guajuvira e General Lúcio, nas barreiras de número 5 e 4, respectivamente.

Seis barreiras foram instaladas no total. Mais duas serão colocadas provisoriamente em Porto Amazonas e São Mateus do Sul. Foram comprados 5 mil metros de barreiras, e outros 4,8 mil estão em fase de compra.

As barreiras, que são uma espécie de bóia, têm de 90 a 400 metros de extensão e foram colocadas no rio.

"Estamos trabalhando com três barreiras à frente do óleo. Temos certeza de que a mancha não vai chegar a União da Vitória", destacou o diretor da Petrobras, Albano de Souza Gonçalves.

Ele garantiu que a mancha não chegará a Foz de Iguaçu e à Argentina. Para Gonçalves, a chuva é a único fator que poderá atrapalhar a megaoperação de resgate montada pela Petrobras e pelo governo do Estado do Paraná para evitar que o óleo ultrapasse o município de Balsa Nova, onde está instalada a sexta barreira.

A Petrobras acionou cinco barcos para coletar aves e animais no rio. Mas até as 16h de terça-feira haviam sido resgatados apenas quatro pássaros sujos de óleo.

Foi registrado também um incidente de contaminação humana pelo óleo, envolvendo uma mulher, em Guajuvira.

Segundo Gonçalves, dos 4 milhões de litros que vazaram, 2 milhões ficaram retidos na refinaria. Além disso, uma parcela de 20 por cento do total evaporou e 314 mil litros foram recolhidos.

A Petrobras anunciou há cerca de dois meses o investimento de 1,8 bilhão de reais em gestão ambiental. Desse total, 475 milhões estão sendo destinados ao monitoramento dos dutos.

Indagado sobre as críticas do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que acusou a empresa de ser relapsa, Gonçalves desconversou. "Ele não colocou essa questão para mim."

O diretor descartou a hipótese de sabotagem, mas admite que houve um abalo na imagem da estatal. "Nós temos absoluta certeza do impacto do acidente junto à sociedade. Vamos dar ênfase ao combate", disse, endossando afirmação do presidente da empresa, Henri Phillipe Reichstul, de que os recursos para solucionar o problema são ilimitados.

A Sanepar, companhia de saneamento do Paraná, também colocou bóias no rio na altura do município de União da Vitória, onde as águas abastecem 73 mil habitantes, para monitorar a qualidade e a distribuição à população.

Participaram da entrevista o superintendente da refinaria, Luis Valente Moreira, e Irani Varella, superintendente de meio ambiente da Petrobras.

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