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21/05/2002 - 18h49

OAB pede intervenção federal contra o crime no Espírito Santo

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FERNANDA KRAKOVICS
da Agência Folha

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu nesta terça-feira ao ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, intervenção federal no Espírito Santo. O pedido foi motivado pelas ações do crime organizado no Estado.

"O Estado invisível, dominado pelo crime organizado, substituiu no Espírito Santo o Estado oficial", afirmou o presidente do Conselho Federal da OAB, Rubens Approbato Machado.

O estopim para a atitude da OAB foi o assassinato do advogado Marcelo Denadai, no dia 15 de abril. Ele elaborou um dossiê denunciando esquemas de fraudes em licitações no Espírito Santo.

Denadai também integrou a comissão que denunciou, em 1994, a Scuderie Le Cocq, grupo paramilitar acusado de agir como um esquadrão da morte no Estado.

"Ou as autoridades estaduais são incompetentes ou não querem manter a ordem pública", disse o presidente da OAB capixaba, Agesandro da Costa Pereira.

O ministro da Justiça determinou que o CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) avalie a necessidade de intervenção federal. A próxima reunião do órgão será no dia 5 de junho, em Vitória.

Segundo Approbato, presidente e diretores da OAB capixaba estão sendo ameaçados de morte. Ainda de acordo com ele, os integrantes da entidade estão recebendo cartas com detalhes de suas vidas familiares, como local de trabalho das mulheres e horário da escola dos filhos.

Outro lado
Para o assessor de comunicação do governador José Ignácio Ferreira (PTN), José Nunes, "esse é mais um pedido de intervenção entre vários que são feitos no país inteiro e não tem a menor condição de ser acatado".

Ainda de acordo com Nunes, o assassinato de Denadai foi um crime comum. "Infelizmente é um assassinato semelhante aos que acontecem em Brasília, São Paulo, em qualquer lugar."

Em agosto do ano passado cogitou-se a intervenção federal no Estado devido às denúncias de corrupção contra Ignácio.
 

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