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27/05/2002 - 18h33

Pai de rapaz que matou garota nos EUA é acusado de abuso

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da Agência Folha, em Curitiba

O pastor evangélico Saul Portes dos Reis, 55, responde a vários processos em Estados brasileiros por crimes de abuso sexual, tentativa de estupro e pedofilia. Um dos processos corre na 1ª Vara Criminal de Campo Mourão (PR) desde o ano passado. Conhecido por "missionário Saul", o pastor é o pai do brasileiro Saul Portes dos Reis Jr., 25, acusado do assassinato da adolescente Christina Long, 13, em Bridgeport, nos Estados Unidos.

O pastor foi acusado de prática de crimes de sexuais contra oito mulheres de Campo Mourão, cinco delas adolescentes, em março de 2001. Um processo por estupro corre em Mogi Guaçu desde os anos 80.

Sustentado por uma ordem judicial de prisão preventiva, o delegado Lindomar Alves Jr. conseguiu a prisão do missionário na cidade paulista de Mogi Mirim em novembro. Ele tinha fugido e foi localizado na casa da mãe. Transferido preso para Campo Mourão, Reis foi solto em dezembro. Desde então não foi mais visto na cidade.

Antes de ganhar liberdade provisória, Reis depôs à juíza Mylene Rey de Assis, e se declarou inocente. No depoimento, disse que as acusações contra ele teriam sido "armadas" por outros pastores, interessados no patrimônio da igreja. Testemunhas de acusação ainda não foram ouvidas.

Acusações semelhantes às registradas contra o pastor no Paraná também ocorreram em São Paulo e Minas Gerais. Em Poços de Caldas (MG), Reis teria fundado o templo Cassino de Deus. Em Campo Mourão, onde morou nos últimos três anos, o pastor fundou a Igreja do Senhor Jesus - Pavilhão da Fé. Ela chegou a funcionar em frente à Delegacia de Polícia, segundo o delegado Alves Jr., mudada depois para a periferia. Uma tenta itinerante para pregação também era utilizada.

Em Rondonópolis (218 km de Cuiabá), onde viveu durante pouco mais de 12 anos, Reis era um conhecido radialista e chegou até a se eleger vereador pelo PL, em 92.

No meio do mandato, tentou se eleger deputado estadual, mas perdeu. Em 96, também não conseguiu se reeleger. Reis então abriu uma loja, mas se endividou e teve de fechar o negócio, em 99. Em seguida, se mudou para Campo Mourão (PR).
Durante o tempo em que viveu na cidade, não teve problemas com a Justiça e morou com uma cabeleireira.
 

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