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03/06/2002 - 11h42

OAB abre processo e ex-advogado de Belo pode ser expulso

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da Folha Online

A OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio) abriu hoje processo para investigar a conduta do ex-advogado do cantor Belo, Sylvio Guerra. O advogado teria ferido a ética da profissão ao declarar que inventou uma história de cobrança de propina por delegados do Rio como estratégia para receber seus honorários.

O cantor Belo, acusado de associação com o tráfico de drogas, está foragido há seis dias e teve prisão preventiva decretada pela juíza da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, Rute Lins Viana.

Ontem, o atual advogado de Belo, Alberto Louvera, divulgou uma fita em que Sylvio Guerra pede ao cantor dinheiro para supostamente subornar policiais do Rio. Na gravação, Guerra diz a Belo que o dinheiro serviria para que o caso do suposto envolvimento do cantor com o tráfico fosse abafado pela polícia.

Segundo a conversa da fita, a propina seria de R$ 300 mil e seria paga aos delegados Álvaro Lins, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, e Ricardo Hallack, diretor da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) e responsável pela investigação.

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados) do Rio, Octávio Gomes, disse que Guerra deverá ser notificado hoje e terá um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa, que deverá ser feita por escrito.

O processo será analisado pela OAB, que terá de 90 a 120 dias para concluí-lo. Se condenado, Guerra poderá ser expulso da Ordem.

Gomes disse que, "em tese", o caso de Guerra seria inserido no artigo 34 do Estatuto do Advogado que trata sobre solicitar importância [do cliente] para aplicação ilícita ou desonesta e manter conduta incompatível com a profissão.

"Ele também teria violado o Código de Ética e Disciplina da OAB, que diz que é dever do advogado preservar a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, além de zelar pela sua reputação pessoal e profissional", afirmou o presidente da OAB. "Ele terá amplo direito de defesa."

A OAB também vai avaliar a conduta de Louvera. A Ordem quer saber se o advogado teve autorização de Belo para divulgar o teor da fita.

A Folha Online entrou em contato com os escritórios de Guerra e Louvera, que ainda não deram suas versões sobre os fatos. Segundo funcionários do escritório de Guerra, ele só deverá voltar ao trabalho no dia 4 de junho. Ele estaria viajando.

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