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03/06/2002
-
13h44
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
O delegado Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, afirmou que pretende processar o cantor Belo e os advogados Sylvio Guerra e Alberto Louvera.
Ontem, Louvera divulgou uma fita na qual Guerra, ex-advogado de defesa do cantor, pede, em conversa com Belo, R$ 300 mil de propina para os delegados Lins e Ricardo Hallack, da Draco (Divisão de Repressão ao Crime Organizado).
O objetivo seria "abafar" a história de ligação do cantor com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio.
Guerra disse, depois, em entrevista à Rede TV, que inventou a história de propina para receber os honorários de seu trabalho em defesa do cantor. Belo está foragido há seis dias e teve sua prisão preventiva decretada.
Lins afirmou que vai entrar com ação na Justiça por tráfico de influência e dano moral. Afirmou ainda que vai entrar com uma ação administrativa contra Guerra na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A OAB-RJ abriu hoje processo contra o advogado para avaliar sua conduta no caso. Ele poderá ser expulso da Ordem.
Para o delegado, Guerra se utilizou de uma ligação familiar para tentar "tirar dinheiro" de Belo. O irmão de Guerra _Sidney, que também é advogado_ e Lins são colegas e dão aulas de direito na mesma universidade, a Gama Filho, na zona norte do Rio.
"Estou revoltado. Conheço o irmão dele e ele tentou se valer desse prestígio para tentar obrigar o cantor a lhe dar uma 'obrigação indevida'".
Lins também disse que vai processar Belo e seu atual advogado, Louvera, por calúnia, por terem divulgado a fita e citado seu nome "sem checar as informações".
Hallack também deverá processar os advogados por calúnia e danos morais.
A Folha Online entrou em contato com os escritórios de Louvera e Guerra, que ainda não deram suas versões sobre os fatos. Segundo funcionários do escritório de Guerra, ele só deverá voltar ao trabalho no dia 4 de junho. Ele estaria viajando.
Ligação com Vado
O delegado Lins afirmou que não sabia da ligação de Belo com Vado. Ele também disse estranhar o fato de a notícia da fita da conversa entre o cantor e o traficante ter surgido após sua saída da chefia da Polícia Civil, quando Benedita da Silva (PT) assumiu o governo do Rio, no início de abril.
Lins é candidato a deputado estadual pelo PSB, o mesmo do ex-governador Anthony Garotinho.
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Ex-chefe de polícia do Rio quer processar Belo e advogados
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da Folha Online, no Rio
O delegado Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, afirmou que pretende processar o cantor Belo e os advogados Sylvio Guerra e Alberto Louvera.
Ontem, Louvera divulgou uma fita na qual Guerra, ex-advogado de defesa do cantor, pede, em conversa com Belo, R$ 300 mil de propina para os delegados Lins e Ricardo Hallack, da Draco (Divisão de Repressão ao Crime Organizado).
O objetivo seria "abafar" a história de ligação do cantor com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio.
Guerra disse, depois, em entrevista à Rede TV, que inventou a história de propina para receber os honorários de seu trabalho em defesa do cantor. Belo está foragido há seis dias e teve sua prisão preventiva decretada.
Lins afirmou que vai entrar com ação na Justiça por tráfico de influência e dano moral. Afirmou ainda que vai entrar com uma ação administrativa contra Guerra na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A OAB-RJ abriu hoje processo contra o advogado para avaliar sua conduta no caso. Ele poderá ser expulso da Ordem.
Para o delegado, Guerra se utilizou de uma ligação familiar para tentar "tirar dinheiro" de Belo. O irmão de Guerra _Sidney, que também é advogado_ e Lins são colegas e dão aulas de direito na mesma universidade, a Gama Filho, na zona norte do Rio.
"Estou revoltado. Conheço o irmão dele e ele tentou se valer desse prestígio para tentar obrigar o cantor a lhe dar uma 'obrigação indevida'".
Lins também disse que vai processar Belo e seu atual advogado, Louvera, por calúnia, por terem divulgado a fita e citado seu nome "sem checar as informações".
Hallack também deverá processar os advogados por calúnia e danos morais.
A Folha Online entrou em contato com os escritórios de Louvera e Guerra, que ainda não deram suas versões sobre os fatos. Segundo funcionários do escritório de Guerra, ele só deverá voltar ao trabalho no dia 4 de junho. Ele estaria viajando.
Ligação com Vado
O delegado Lins afirmou que não sabia da ligação de Belo com Vado. Ele também disse estranhar o fato de a notícia da fita da conversa entre o cantor e o traficante ter surgido após sua saída da chefia da Polícia Civil, quando Benedita da Silva (PT) assumiu o governo do Rio, no início de abril.
Lins é candidato a deputado estadual pelo PSB, o mesmo do ex-governador Anthony Garotinho.
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