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19/07/2000 - 22h10

Comissão de meio ambiente deve pedir indenização à Petrobras

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JOSÉ MASCHIO, da Agência Folha, em Londrina

Uma comissão formada por representantes dos órgãos ambientais do Paraná e dos Ministérios Públicos Federal e Estadual deve se reunir nos próximos dias para estudar pedidos de indenização à Petrobras para os municípios e a população atingida pelo acidente.

A informação foi dada pelo presidente do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), José Antônio Andregheto.

O presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Sebastião Sérgio Steptjuk, tem orientado os municípios prejudicados pelo vazamento de óleo para que ingressem com ações de indenização contra a Petrobras. Essas ações poderão ultrapassar a R$ 100 milhões.

O IAP e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) assinaram ontem portaria proibindo a pesca no rio Iguaçu.

A portaria, que será publicada amanhã, estabelece, como limite da proibição, o remanso da barragem de Foz do Areia, em uma extensão de cerca de 400 quilômetros.

A princípio, a pesca a oeste de Foz do Areia até Foz do Iguaçu continuaria liberada. A liberação deste trecho é baseada em informações da Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas) de que não haveria contaminação da água a oeste de Balsa Nova.

A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) e o laboratório técnico da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) faziam um monitoramento das águas do rio Tibagi em trechos a oeste do local onde estaria estacionada a mancha de óleo cru, no município de Balsa Nova (43 km de Curitiba).

A cada quatro horas eram colhidas amostras em Porto Amazonas, São Mateus do Sul e União da Vitória. As análises de ontem mostraram que as águas a oeste de Balsa Nova não haviam ainda sido contaminadas com elementos solúveis como hidrocarboneto, contidos no óleo cru derramado no rio Iguaçu.

A Sanepar informou que as amostras continuarão a ser recolhidas por tempo indeterminado, até que não existam mais possibilidades de contaminação na estação de captação da empresa em União da Vitória.

A estação abastece 73 mil pessoas dos municípios de União da Vitória (PR) e Porto União (SC).

No rio Barigui, local do acidente, o IAP irá continuar, também por tempo indeterminado, monitorando amostras de água em quatro pontos do rio e em sua foz, quando o Barigui desemboca no Iguaçu. O acidente com o oleoduto da Petrobras atingiu a única área remanescente de várzea do rio, onde ainda existiam reservas florestais e fauna nativa.

Em quase toda sua extensão ao longo do município de Araucária, o Barigui já era considerado um rio morto pelos ambientalistas, em razão da concentração de resíduos industriais em suas águas.


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