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06/06/2002 - 06h14

Empresa é acusada de vazar combustível em SP

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RENATO ESSENFELDER
da Folha de S.Paulo

A BR Distribuidora (subsidiária da Petrobrás) mantém, há pelo menos nove meses, um cemitério de tanques de combustível usados em Heliópolis (zona sul de SP). O terreno é vizinho à base de estocagem de combustíveis da Shell na Vila Carioca, que é acusada de contaminar mais de 180 mil m² na região com compostos químicos.

No depósito da BR, foram encontrados 250 tanques velhos utilizados em postos de combustível e ainda dezenas de caminhões-tanque abandonados.

O problema, contudo, não seria o cemitério de tanques, mas sim o vazamento de combustíveis.

A denúncia foi feita ontem pela CPI dos Postos de Combustíveis de São Paulo, que constatou ontem a existência de manchas de óleo no solo.

Segundo o técnico que assessora a CPI, Stelio da Cunha, a contaminação ambiental na região é "líquida e certa". Ainda não há, entretanto, nenhum laudo comprobatório dos danos.

O presidente da CPI, vereador Jooji Hato (PMDB), informou que pretende notificar nos próximos dias a prefeitura para que verifique se a documentação da BR está em dia _caso contrário, o terminal será fechado.

Além disso, a Cetesb (agência ambiental do Estado) será consultada sobre a possibilidade de haver uma interdição ali. A agência vai inspecionar hoje o terreno.

O Ministério Público também será acionado pela CPI nas próximas semanas para abrir um inquérito civil sobre o caso.

Já a associação de moradores da Vila Carioca pretende usar na Justiça o novo problema para reforçar a argumentação de que é urgente a realização de exames médicos na população local.

O terreno onde fica o cemitério de tanques de combustível em Heliópolis é completamente aberto, sem vigias ou cercas.

Crianças frequentam o local. É o caso de I.S., 13, que afirma ir todos os dias ao depósito para brincar.

A BR Distribuidora diz, entretanto, que não tem como cercar todo o terreno do depósito. Segundo a assessoria da empresa, experiências passadas com vigias na área foram fracassadas: assaltantes já teriam rendido os guardas para roubar as armas deles.

A unidade é vizinha da favela Heliópolis, a maior de São Paulo, com mais de 90 mil moradores.
 

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