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09/06/2002
-
10h54
da Folha Online
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu hoje suspeitos de envolvimento no desaparecimento do do jornalista Tim Lopes, da TV Globo. Ele está desaparecido há uma semana, quando fazia uma reportagem na favela da Vila Cruzeiro, zona norte da cidade.
Cinco pessoas foram detidas e levadas para interrogatório no 38º Distrito Policial. Elas seriam integrantes da quadrilha do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, chefe do tráfico na favela. Um dos presos é apontado como "braço direito" do traficante.
O delegado Reginaldo Guilherme da Silva, do 38º DP (Irajá), ainda não forneceu detalhes sobre as suspeitas.
As prisões ocorreram durante a madrugada, em operação realizada no morro da Caixa d'Água.
Tim Lopes fazia uma matéria sobre bailes funks na favela da Vila Cruzeiro. Segundo nota divulgada pela Globo, havia consumo de drogas e a prática de sexo explícito _inclusive com menores.
Um traficante preso na quinta-feira disse, em depoimento, que em um homem foi retirado no domingo (2) à noite do baile funk do morro e levado para a parte mais alta da favela, onde foi torturado e morto a tiros. O corpo foi carbonizado. O preso não soube dizer, no entanto, se o homem era o repórter.
Um exame de DNA deverá indicar se as cinzas e fragmentos de uma mandíbula e dentes encontrados na segunda-feira na Vila Cruzeiro são de Tim Lopes.
As investigações sobre o desaparecimento do jornalista são conduzidas pelo 22º DP. Policiais disseram que ainda não foram informados sobre a prisão dos suspeitos.
Disque-Denúncia
No domingo, segundo a Globo, Lopes havia marcado um encontro com o motorista da emissora, que estacionara longe da favela, às 20h.
Na hora marcada, Lopes teria dito ao motorista que ainda não havia terminado sua apuração e combinou um novo encontro às 22h. O jornalista faltou ao encontro e não foi mais visto, diz a nota.
Informações sobre o caso podem ser passadas para o Disque-Denúncia (0xx21) 2253-1177. Até este sábado, o serviço já havia recebido mais de 50 ligações.
Apelo
A mulher do jornalista Tim Lopes, Alessandra Wagner, pediu, na quinta-feira, aos responsáveis pelo desaparecimento de seu marido que o libertassem. O apelo foi feito em entrevista ao "Jornal Nacional".
"O Tim está vivo, eu estou convencida que o Tim está vivo. Eu não posso subir na favela agora e buscar o meu marido, como eu gostaria de fazer. Eu tenho que acreditar que essas pessoas vão fazer isso por mim. Pela vida dele, pela luta dele, ele não merece estar passando por isso", disse, emocionada.
O filho do casal, de 19 anos, também deixou uma mensagem escrita para que o pai seja encontrado o mais rápido.
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu hoje suspeitos de envolvimento no desaparecimento do do jornalista Tim Lopes, da TV Globo. Ele está desaparecido há uma semana, quando fazia uma reportagem na favela da Vila Cruzeiro, zona norte da cidade.
Reprodução Repórter Tim Lopes |
O delegado Reginaldo Guilherme da Silva, do 38º DP (Irajá), ainda não forneceu detalhes sobre as suspeitas.
As prisões ocorreram durante a madrugada, em operação realizada no morro da Caixa d'Água.
Tim Lopes fazia uma matéria sobre bailes funks na favela da Vila Cruzeiro. Segundo nota divulgada pela Globo, havia consumo de drogas e a prática de sexo explícito _inclusive com menores.
Um traficante preso na quinta-feira disse, em depoimento, que em um homem foi retirado no domingo (2) à noite do baile funk do morro e levado para a parte mais alta da favela, onde foi torturado e morto a tiros. O corpo foi carbonizado. O preso não soube dizer, no entanto, se o homem era o repórter.
Um exame de DNA deverá indicar se as cinzas e fragmentos de uma mandíbula e dentes encontrados na segunda-feira na Vila Cruzeiro são de Tim Lopes.
As investigações sobre o desaparecimento do jornalista são conduzidas pelo 22º DP. Policiais disseram que ainda não foram informados sobre a prisão dos suspeitos.
Disque-Denúncia
No domingo, segundo a Globo, Lopes havia marcado um encontro com o motorista da emissora, que estacionara longe da favela, às 20h.
Na hora marcada, Lopes teria dito ao motorista que ainda não havia terminado sua apuração e combinou um novo encontro às 22h. O jornalista faltou ao encontro e não foi mais visto, diz a nota.
Informações sobre o caso podem ser passadas para o Disque-Denúncia (0xx21) 2253-1177. Até este sábado, o serviço já havia recebido mais de 50 ligações.
Apelo
A mulher do jornalista Tim Lopes, Alessandra Wagner, pediu, na quinta-feira, aos responsáveis pelo desaparecimento de seu marido que o libertassem. O apelo foi feito em entrevista ao "Jornal Nacional".
"O Tim está vivo, eu estou convencida que o Tim está vivo. Eu não posso subir na favela agora e buscar o meu marido, como eu gostaria de fazer. Eu tenho que acreditar que essas pessoas vão fazer isso por mim. Pela vida dele, pela luta dele, ele não merece estar passando por isso", disse, emocionada.
O filho do casal, de 19 anos, também deixou uma mensagem escrita para que o pai seja encontrado o mais rápido.
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