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09/06/2002
-
15h05
da Folha Online
A polícia do Rio de Janeiro confirmou hoje que o jornalista Tim Lopes, 51, da TV Globo, foi assassinado. O repórter desapareceu há uma semana, quando fazia uma reportagem na favela da Vila Cruzeiro, zona norte da cidade.
A Polícia Civil prendeu hoje cinco suspeitos de envolvimento no desaparecimento do jornalista. Eles disseram, em depoimento, que Tim Lopes foi torturado, baleado e assassinado pessoalmente por Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, chefe do tráfico na favela.
Dos cinco detidos, apenas dois ficaram presos no 38º Distrito Policial. Eles foram identificados como Fernando Sátiro da Silva, 25, conhecido como "Frei", e Reinaldo Amaral Jesus, 23, conhecido como "Cadê".
O repórter fazia uma matéria sobre bailes funk na favela da Vila Cruzeiro. Segundo nota divulgada pela Globo, havia consumo de drogas e a prática de sexo explícito _inclusive com menores.
Fragmentos de corpo carbonizado e de uma mandíbula foram encontrados na segunda-feira (3) na Vila Cruzeiro. O material foi enviado para análise de DNA.
Um traficante preso na quinta-feira havia dito, em depoimento, que em um homem foi retirado no domingo (2) à noite do baile funk do morro e levado para a parte mais alta da favela, onde foi torturado e morto a tiros. O corpo foi carbonizado. O preso não soube dizer, no entanto, se o homem era o repórter.
Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio, Zaqueu Teixeira, o objetivo, agora, é prender o traficante Elias Maluco.
Apelo
A mulher do jornalista, Alessandra Wagner, fez um apelo, na quinta-feira, aos responsáveis pelo desaparecimento de Tim Lopes.
"O Tim está vivo, eu estou convencida que o Tim está vivo. Eu não posso subir na favela agora e buscar o meu marido, como eu gostaria de fazer. Eu tenho que acreditar que essas pessoas vão fazer isso por mim. Pela vida dele, pela luta dele, ele não merece estar passando por isso", disse, emocionada, em entrevista ao "Jornal Nacional".
O filho do casal, de 19 anos, também deixou uma mensagem escrita para que o pai fosse encontrado.
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A polícia do Rio de Janeiro confirmou hoje que o jornalista Tim Lopes, 51, da TV Globo, foi assassinado. O repórter desapareceu há uma semana, quando fazia uma reportagem na favela da Vila Cruzeiro, zona norte da cidade.
Reprodução Repórter Tim Lopes |
Dos cinco detidos, apenas dois ficaram presos no 38º Distrito Policial. Eles foram identificados como Fernando Sátiro da Silva, 25, conhecido como "Frei", e Reinaldo Amaral Jesus, 23, conhecido como "Cadê".
O repórter fazia uma matéria sobre bailes funk na favela da Vila Cruzeiro. Segundo nota divulgada pela Globo, havia consumo de drogas e a prática de sexo explícito _inclusive com menores.
Fragmentos de corpo carbonizado e de uma mandíbula foram encontrados na segunda-feira (3) na Vila Cruzeiro. O material foi enviado para análise de DNA.
Um traficante preso na quinta-feira havia dito, em depoimento, que em um homem foi retirado no domingo (2) à noite do baile funk do morro e levado para a parte mais alta da favela, onde foi torturado e morto a tiros. O corpo foi carbonizado. O preso não soube dizer, no entanto, se o homem era o repórter.
Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio, Zaqueu Teixeira, o objetivo, agora, é prender o traficante Elias Maluco.
Apelo
A mulher do jornalista, Alessandra Wagner, fez um apelo, na quinta-feira, aos responsáveis pelo desaparecimento de Tim Lopes.
"O Tim está vivo, eu estou convencida que o Tim está vivo. Eu não posso subir na favela agora e buscar o meu marido, como eu gostaria de fazer. Eu tenho que acreditar que essas pessoas vão fazer isso por mim. Pela vida dele, pela luta dele, ele não merece estar passando por isso", disse, emocionada, em entrevista ao "Jornal Nacional".
O filho do casal, de 19 anos, também deixou uma mensagem escrita para que o pai fosse encontrado.
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