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22/06/2002
-
19h12
JOÃO CARLOS SILVA
da Folha de S.Paulo
e da Folha Online
Dois vizinhos do sítio do presidente Fernando Henrique Cardoso em Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo) confessaram hoje _segundo a polícia_ que participaram do assassinato do caseiro Joaquim Antônio da Silva, 57, morto com dois tiros na madrugada de quinta-feira. Reginaldo José de Borba, 25, um dos acusados, é sobrinho da vítima. Ele havia sido preso neste sábado.
Os outros suspeitos são o lavrador Luiz Alberto de Araújo, 19, e Júlio César Farias Pulgar, suposto proprietário da arma usada no crime _um revólver calibre 38.
Eles disseram à polícia que foram ao sítio do presidente da República para "dar uma dura no caseiro". O motivo seria o fato de ele ter comentado no bairro saber quem eram os autores do furto a uma chácara vizinha, ocorrido cerca de um mês atrás.
Araújo confessou que foi um dos autores do furto a essa chácara, propriedade do irmão da apresentadora de TV Silvia Poppovic. Os dois disseram que a intenção não era matar o caseiro.
"O caso está esclarecido. Embora ainda não esteja encerrado", disse Luiz Maurício Souza Blazeck, delegado-seccional de Sorocaba, interior do Estado.
A polícia pediu a prisão temporária dos detidos. Eles foram presos pela manhã, após a polícia investigar os hábitos do caseiro para tentar descobrir o motivo do assassinato. O crime aconteceu um dia após o presidente ter declarado ser a segurança pública "a questão número um da agenda nacional".
Segundo o delegado-assistente da Seccional de Sorocaba, Júlio Guebert, o caseiro sabia que o trio havia furtado uma chácara na região no início do mês.
"O caseiro havia comentado pelas redondezas sobre os três. Eles ficaram sabendo e dois deles _um maior e outro menor_ foram até a residência do caseiro tomar satisfação", disse o delegado.
Araújo e Borba não tinham passagem pela polícia.
A reconstituição do crime deverá ser feita na próxima semana.
Como foi a morte
Silva foi assassinado com dois tiros no abdômen na noite de quarta-feira. Ele foi encontrado morto pelo filho, Marcos, 29, na cozinha de casa.
Havia sinais de luta: cadeiras estavam tombadas e um pedaço de camisa rasgada foi encontrado no chão. A porta da casa não foi arrombada.
Nada foi levado da casa. A carteira, com R$ 25, estava em cima da cama quando a polícia chegou.
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da Folha de S.Paulo
e da Folha Online
Dois vizinhos do sítio do presidente Fernando Henrique Cardoso em Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo) confessaram hoje _segundo a polícia_ que participaram do assassinato do caseiro Joaquim Antônio da Silva, 57, morto com dois tiros na madrugada de quinta-feira. Reginaldo José de Borba, 25, um dos acusados, é sobrinho da vítima. Ele havia sido preso neste sábado.
Os outros suspeitos são o lavrador Luiz Alberto de Araújo, 19, e Júlio César Farias Pulgar, suposto proprietário da arma usada no crime _um revólver calibre 38.
Eles disseram à polícia que foram ao sítio do presidente da República para "dar uma dura no caseiro". O motivo seria o fato de ele ter comentado no bairro saber quem eram os autores do furto a uma chácara vizinha, ocorrido cerca de um mês atrás.
Araújo confessou que foi um dos autores do furto a essa chácara, propriedade do irmão da apresentadora de TV Silvia Poppovic. Os dois disseram que a intenção não era matar o caseiro.
"O caso está esclarecido. Embora ainda não esteja encerrado", disse Luiz Maurício Souza Blazeck, delegado-seccional de Sorocaba, interior do Estado.
A polícia pediu a prisão temporária dos detidos. Eles foram presos pela manhã, após a polícia investigar os hábitos do caseiro para tentar descobrir o motivo do assassinato. O crime aconteceu um dia após o presidente ter declarado ser a segurança pública "a questão número um da agenda nacional".
Segundo o delegado-assistente da Seccional de Sorocaba, Júlio Guebert, o caseiro sabia que o trio havia furtado uma chácara na região no início do mês.
"O caseiro havia comentado pelas redondezas sobre os três. Eles ficaram sabendo e dois deles _um maior e outro menor_ foram até a residência do caseiro tomar satisfação", disse o delegado.
Araújo e Borba não tinham passagem pela polícia.
A reconstituição do crime deverá ser feita na próxima semana.
Como foi a morte
Silva foi assassinado com dois tiros no abdômen na noite de quarta-feira. Ele foi encontrado morto pelo filho, Marcos, 29, na cozinha de casa.
Havia sinais de luta: cadeiras estavam tombadas e um pedaço de camisa rasgada foi encontrado no chão. A porta da casa não foi arrombada.
Nada foi levado da casa. A carteira, com R$ 25, estava em cima da cama quando a polícia chegou.
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