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23/06/2002
-
21h08
WAGNER MATHEUS
da Folha de S.Paulo
A volta à ativa do delegado Hélio Vígio, afastado da Polícia Civil em 1994, por suspeita de corrupção, foi criticada neste final de semana por lideranças do PT e por adversários políticos da governadora do petista Benedita da Silva.
Vígio, ex-titular da Delegacia Anti-Sequestro e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, foi afastado durante o governo de Marcello Alencar (PSDB), depois que seu nome apareceu em documentos apreendidos em um escritório do bicheiro Castor de Andrade.
Absolvido em outubro de 1998 da acusação de receber propina do jogo do bicho, ele foi reintegrado no ano passado, por decisão judicial, recebendo salário de mais de R$ 5.000.
Até sexta-feira, o delegado estava lotado na Superintendência de Administração e Serviços, conhecida na Polícia Civil como a "geladeira". Mas foi nomeado pelo chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, para a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), que comanda a Operação Rio Total, anunciada pela Secretaria de Segurança com a finalidade de recuperar a credibilidade da polícia, após o assassinato, por traficantes, do jornalista Tim Lopes.
O deputado estadual Chico Alencar (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, criticou a nomeação. "O Hélio Vígio representa exatamente o oposto da política de segurança do PT, que prega a seriedade e a inteligência", disse.
O ex-governador Anthony Garotinho (PSB), candidato à Presidência, também atacou a nomeação. "Só falta a governadora nomear [o traficante] Fernandinho Beira-Mar para cuidar da segurança", disse.
Na convenção estadual do PT, que hoje confirmou Benedita da Silva como candidata à reeleição, o secretário de Segurança, Roberto Aguiar, respondeu às críticas.
Segundo ele, "não há nenhuma pendência jurídica" contra Hélio Vígio e não fazia sentido que ele estivesse recebendo remuneração sem estar na ativa. "Foi um arranjo técnico. Ele será um dos quatro delegados da Core", disse Aguiar.
A Folha não conseguiu localizar o delegado Hélio Vígio para que ele comentasse a polêmica envolvendo sua nomeação.
De acordo com nota divulgada na noite de sábado pela Polícia Civil, o delegado ficará encarregado da supervisão noturna da Operação Rio Total, "com a tarefa da fiscalizar a apresentação das diversas equipes de policiais das diversas delegacias, relativamente a horário, armamentos, equipamentos e designação de rotas".
Lideranças do PT criticam a volta do delegado Hélio Vígio
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da Folha de S.Paulo
A volta à ativa do delegado Hélio Vígio, afastado da Polícia Civil em 1994, por suspeita de corrupção, foi criticada neste final de semana por lideranças do PT e por adversários políticos da governadora do petista Benedita da Silva.
Vígio, ex-titular da Delegacia Anti-Sequestro e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, foi afastado durante o governo de Marcello Alencar (PSDB), depois que seu nome apareceu em documentos apreendidos em um escritório do bicheiro Castor de Andrade.
Absolvido em outubro de 1998 da acusação de receber propina do jogo do bicho, ele foi reintegrado no ano passado, por decisão judicial, recebendo salário de mais de R$ 5.000.
Até sexta-feira, o delegado estava lotado na Superintendência de Administração e Serviços, conhecida na Polícia Civil como a "geladeira". Mas foi nomeado pelo chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, para a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), que comanda a Operação Rio Total, anunciada pela Secretaria de Segurança com a finalidade de recuperar a credibilidade da polícia, após o assassinato, por traficantes, do jornalista Tim Lopes.
O deputado estadual Chico Alencar (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, criticou a nomeação. "O Hélio Vígio representa exatamente o oposto da política de segurança do PT, que prega a seriedade e a inteligência", disse.
O ex-governador Anthony Garotinho (PSB), candidato à Presidência, também atacou a nomeação. "Só falta a governadora nomear [o traficante] Fernandinho Beira-Mar para cuidar da segurança", disse.
Na convenção estadual do PT, que hoje confirmou Benedita da Silva como candidata à reeleição, o secretário de Segurança, Roberto Aguiar, respondeu às críticas.
Segundo ele, "não há nenhuma pendência jurídica" contra Hélio Vígio e não fazia sentido que ele estivesse recebendo remuneração sem estar na ativa. "Foi um arranjo técnico. Ele será um dos quatro delegados da Core", disse Aguiar.
A Folha não conseguiu localizar o delegado Hélio Vígio para que ele comentasse a polêmica envolvendo sua nomeação.
De acordo com nota divulgada na noite de sábado pela Polícia Civil, o delegado ficará encarregado da supervisão noturna da Operação Rio Total, "com a tarefa da fiscalizar a apresentação das diversas equipes de policiais das diversas delegacias, relativamente a horário, armamentos, equipamentos e designação de rotas".
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