21/07/2000 - 12h15

Pitta também não quer saber da LDO

FABIANE LEITE, repórter da Folha Online

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), também não está mais preocupado com a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) na Câmara Municipal. "Não tenho ingerência sobre o trabalho do Legislativo. Não vou dizer que não seja importante (a LDO), mas é assunto da Câmara".

A lei, se aprovada na Câmara, orientará como será a aplicação dos recursos do município. Há poucos dias, Pitta dizia estar empenhado em fazer com que a legislação fosse aprovada.

O prefeito visitou na manhã desta sexta-feira (21) as obras de um posto do Corpo de Bombeiros, que está sendo construído na Vila Olímpia, zona oeste da cidade.

Na Câmara Municipal, tanto vereadores que apoiam Pitta como os oposicionistas também já dizem que a LDO não é importante e poderá deixar de ser votada pela primeira vez na história da Casa.

O projeto da lei, enviado pelo Executivo, chegou a criar muita polêmica entre os oposicionistas por prever a transferência de dívidas da prefeitura de R$ 1,47 bilhão para ser paga na próxima administração.

A prefeitura desconsiderou o valor da dívida, que foi retirado no relatório da Comissão de Finanças da Câmara sobre a proposta da lei. Mas os vereadores de oposição ainda temem que os governistas possam apresentar uma emenda à lei prevendo a transferência do déficit

Desabrigados

O prefeito admitiu que ainda não tem um local para alojar os desabrigados que moram sob viadutos da cidade e devem ser removidos pela prefeitura.

Ele também não soube dizer quando e como será a operação de retirada, alegando que isso está sendo ainda planejado pela Secretaria de Assistência Social.

Durante a entrevista desta manhã, Pitta se recusou a comentar a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual de São Paulo contra o vereador governista Dito Salim (PPB)

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