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03/07/2002
-
03h28
da Folha de S. Paulo
Apesar das mudanças que o projeto substitutivo ao Plano Diretor deve conter, alguns vereadores acreditam que o governo está longe de conseguir um acordo que garanta os 33 votos necessários dos 55 vereadores para aprovar a proposta, que ainda enfrenta resistência.
Um dos pontos mais criticados na Câmara é o coeficiente único, ponto que ainda não foi modificado. Para alguns membros do Legislativo, em zonas residenciais o potencial construtivo deveria ser maior. Eles acreditam que, com a outorga onerosa, o preço dos imóveis ficará muito alto.
"Acho que, se o governo mantiver o coeficiente único, vai haver uma dificuldade muito grande para aprovar o projeto", afirma Domingos Dissei (PFL).
Outra preocupação dos vereadores é que a outorga onerosa provoque um encarecimento das construções e uma fuga dos empresários, o que pode gerar desemprego."Os empresários não vão querer investir em áreas em que o custo é baixo, eles querem construir onde haja lucro", afirma Carlos Apolinário (PGT).
Segundo Milton Leite (PMDB), a classe média vai ser a mais atingida caso se cobre a outorga a partir do coeficiente único. "É a classe que mais compra apartamentos na cidade", disse.
Para o secretário de Planejamento Urbano, Jorge Wilheim, esse tipo de preocupação não passa de fantasia. "As pessoas não constroem em São Paulo porque o coeficiente é alto. Constroem porque é uma cidade grande onde há demanda", disse.
A mudança no coeficiente, segundo Wilheim, não é viável. "Ou a gente planeja, ou continua no caos. Não há como anular a outorga totalmente, senão não faremos as obras viárias necessárias para a cidade", disse.
Para vereadores da oposição, que antes criticavam a proposta, as mudanças feitas no projeto são salutares. "O Nabil está fazendo um trabalho fantástico que só tende a melhorar e democratizar o projeto e evitar excessos do Executivo", disse Salim Curiati (PPB). Ricardo Montoro, líder do PSDB, concorda. "Podemos até apoiar o projeto se forem efetivadas essas mudanças", disse.
Projeto ainda enfrenta resistência na Câmara Municipal
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Apesar das mudanças que o projeto substitutivo ao Plano Diretor deve conter, alguns vereadores acreditam que o governo está longe de conseguir um acordo que garanta os 33 votos necessários dos 55 vereadores para aprovar a proposta, que ainda enfrenta resistência.
Um dos pontos mais criticados na Câmara é o coeficiente único, ponto que ainda não foi modificado. Para alguns membros do Legislativo, em zonas residenciais o potencial construtivo deveria ser maior. Eles acreditam que, com a outorga onerosa, o preço dos imóveis ficará muito alto.
"Acho que, se o governo mantiver o coeficiente único, vai haver uma dificuldade muito grande para aprovar o projeto", afirma Domingos Dissei (PFL).
Outra preocupação dos vereadores é que a outorga onerosa provoque um encarecimento das construções e uma fuga dos empresários, o que pode gerar desemprego."Os empresários não vão querer investir em áreas em que o custo é baixo, eles querem construir onde haja lucro", afirma Carlos Apolinário (PGT).
Segundo Milton Leite (PMDB), a classe média vai ser a mais atingida caso se cobre a outorga a partir do coeficiente único. "É a classe que mais compra apartamentos na cidade", disse.
Para o secretário de Planejamento Urbano, Jorge Wilheim, esse tipo de preocupação não passa de fantasia. "As pessoas não constroem em São Paulo porque o coeficiente é alto. Constroem porque é uma cidade grande onde há demanda", disse.
A mudança no coeficiente, segundo Wilheim, não é viável. "Ou a gente planeja, ou continua no caos. Não há como anular a outorga totalmente, senão não faremos as obras viárias necessárias para a cidade", disse.
Para vereadores da oposição, que antes criticavam a proposta, as mudanças feitas no projeto são salutares. "O Nabil está fazendo um trabalho fantástico que só tende a melhorar e democratizar o projeto e evitar excessos do Executivo", disse Salim Curiati (PPB). Ricardo Montoro, líder do PSDB, concorda. "Podemos até apoiar o projeto se forem efetivadas essas mudanças", disse.
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