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21/07/2000 - 20h19

Ministro aguarda sindicância para definir punições por vazamento de óleo no PR

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WAGNER OLIVEIRA, da Agência Folha, em Curitiba

O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, evitou falar nesta sexta-feira (21) sobre prováveis demissões na diretoria da Petrobras por causa do derramamento de 4 milhões de litros de óleo no Paraná.

Tourinho sobrevoou hoje a área atingida pelo petróleo na Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas) e nos rios Barigui e Iguaçu, no município de Araucária (distante 20 quilômetros de Curitiba).

"Têm saído várias notícias nos jornais sobre isso (demissão de diretores), mas não tem nada a ver. Nós queremos apurar a verdade e tomar as providencias necessárias", afirmou.

Dependendo do grau de gravidade do acidente, o ministro disse que as punições serão de suspensão ou repreensão para os funcionários envolvidos. A comissão de sindicância que apura as causas do derramamento deve entregar o relatório final entre 10 e 15 dias.

"Nós estamos tratando aqui de falhas humanas, de erro humano, falando de sindicância e, evidentemente, falando também de apurar responsabilidade. E é claro que nós, ao apurarmos responsabilidade, temos que dar consequência a essa apuração", afirmou.

O ministro deu entrevista ao lado do superintende da Repar, Luiz Valente Moreira, e do diretor da área de logística e abastecimento da Petrobras, Albano de Souza Gonçalves, ameaçados de demissão por causa do acidente.

"Meu cargo pertence ao ministro. Se ele decidir que estou fora, tudo bem. A decisão será dele com base no resultado do relatório da comissão de sindicância", afirmou Moreira.

A direção da Repar informou hoje que havia ainda dentro da área da refinaria 1 milhão dos 4 milhões de litros de petróleo que vazaram. O óleo ficou detido por barreiras feitas pelos técnicos antes que atingisse o rio.

Cerca de cem mil litros do produto estavam sendo recolhidos por hora da área da refinaria. Uma chuva, descartada pela previsão meteorológica, poderia levar o produto para o rio.

Após a retirada de todo o óleo acumulado na superfície, técnicos da Petrobras irão fazer no solo um processo de biorremediação, no qual bactérias consumirão o petróleo que impregnou o terreno.

A previsão é que em um ano a área de 20 hectares atingida pelo óleo dentro da refinaria esteja recuperada.

Do óleo que chegou às águas do rio Iguaçu, restavam ainda no final da tarde de hoje cerca de 90 mil litros. O trabalho de despoluição estava sendo feito por cerca de 2.000 homens.

Dentro de uma semana, segundo estimativa da empresa, todo o óleo deve estar retirado da lâmina de água do rio Iguaçu.

Depois disso, os técnicos da empresa farão "trabalho formiguinha", recolhendo com baldes pequenas manchas de óleo retidas nas margens.

Clique aqui para ler mais notícias sobre o vazamento de óleo no Paraná na Folha Online.

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