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12/07/2002
-
18h15
CONSTANÇA TATSCH
da Folha Online
O secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini, decidiu nesta sexta-feira adiar a audiência sobre o novo plano de transportes marcada para segunda-feira em razão das manifestações violentas ocorridas na última sexta-feira e hoje.
A audiência, marcada para às 9h de segunda-feira na Câmara Municipal, discutiria o novo modelo e as regras para as licitações de concessão e permissão dos serviços.
De acordo com a assessoria da secretaria, houve um aumento no número de inscritos e é preciso montar um esquema de segurança mais eficiente para conter um eventual tumulto.
Hoje, o prédio da SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo em São Paulo) foi apedrejado por manifestantes contrários ao plano. No dia 5 de julho, manifestantes depredaram o auditório Elis Regina, no Anhembi, e um homem chegou a jogar pó químico de um extintor de incêndio no secretário.
A secretaria diz que os responsáveis são membros do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo e afirma que em ambos os casos eles estariam alcoolizados.
Novo modelo
O novo modelo de transporte divide a cidade em dois tipos de linhas. As estruturais farão as ligações dos bairros às regiões centrais, passando por grandes corredores viários, e deverão manter a atual tarifa de R$ 1,40.
As locais serão restritas às ruas dos bairros e deverão ter o preço reduzido. A maioria delas ficará sob responsabilidade dos perueiros, que receberão um prazo para trocar suas vans e peruas (de até 16 lugares) por microônibus e miniônibus (que possuem de 20 a 32 lugares).
Além das tarifas diferenciadas, deverão ocorrer duas mudanças, segundo a Secretaria dos Transportes: com a nova distribuição dos ônibus e lotações, ninguém vai andar mais do que 300 metros para chegar a uma linha de transporte em São Paulo.
Quem está acostumado a sair dos bairros em direção às regiões centrais com uma só condução terá que se adaptar com as baldeações. Hoje, 80% das linhas de ônibus se dirigem ao centro expandido, Penha, Lapa e Santo Amaro, índice que vai cair para 30%.
A idéia é que as redes locais, dos bairros, alimentem de passageiros os corredores estruturais, que chegam às regiões centrais. Dessa forma, quem fizer a integração pagará os atuais R$ 1,40. Quem for apenas de um bairro para um outro próximo deverá desembolsar em torno de R$ 1.
A prefeitura prevê ainda a criação de um bilhete único, com valor perto de R$ 2,10, que permitirá a utilização ilimitada de conduções por até duas horas. A idéia é que esse sistema seja adotado pelos usuários que se deslocam entre cantos opostos, da zona sul à zona norte, por exemplo.
Os atuais passes e vales-transporte deverão ser substituídos por cartões magnéticos.
Secretário adia audiência de plano de transportes de SP após protestos
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da Folha Online
O secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini, decidiu nesta sexta-feira adiar a audiência sobre o novo plano de transportes marcada para segunda-feira em razão das manifestações violentas ocorridas na última sexta-feira e hoje.
A audiência, marcada para às 9h de segunda-feira na Câmara Municipal, discutiria o novo modelo e as regras para as licitações de concessão e permissão dos serviços.
De acordo com a assessoria da secretaria, houve um aumento no número de inscritos e é preciso montar um esquema de segurança mais eficiente para conter um eventual tumulto.
Hoje, o prédio da SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo em São Paulo) foi apedrejado por manifestantes contrários ao plano. No dia 5 de julho, manifestantes depredaram o auditório Elis Regina, no Anhembi, e um homem chegou a jogar pó químico de um extintor de incêndio no secretário.
A secretaria diz que os responsáveis são membros do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo e afirma que em ambos os casos eles estariam alcoolizados.
Novo modelo
O novo modelo de transporte divide a cidade em dois tipos de linhas. As estruturais farão as ligações dos bairros às regiões centrais, passando por grandes corredores viários, e deverão manter a atual tarifa de R$ 1,40.
As locais serão restritas às ruas dos bairros e deverão ter o preço reduzido. A maioria delas ficará sob responsabilidade dos perueiros, que receberão um prazo para trocar suas vans e peruas (de até 16 lugares) por microônibus e miniônibus (que possuem de 20 a 32 lugares).
Além das tarifas diferenciadas, deverão ocorrer duas mudanças, segundo a Secretaria dos Transportes: com a nova distribuição dos ônibus e lotações, ninguém vai andar mais do que 300 metros para chegar a uma linha de transporte em São Paulo.
Quem está acostumado a sair dos bairros em direção às regiões centrais com uma só condução terá que se adaptar com as baldeações. Hoje, 80% das linhas de ônibus se dirigem ao centro expandido, Penha, Lapa e Santo Amaro, índice que vai cair para 30%.
A idéia é que as redes locais, dos bairros, alimentem de passageiros os corredores estruturais, que chegam às regiões centrais. Dessa forma, quem fizer a integração pagará os atuais R$ 1,40. Quem for apenas de um bairro para um outro próximo deverá desembolsar em torno de R$ 1.
A prefeitura prevê ainda a criação de um bilhete único, com valor perto de R$ 2,10, que permitirá a utilização ilimitada de conduções por até duas horas. A idéia é que esse sistema seja adotado pelos usuários que se deslocam entre cantos opostos, da zona sul à zona norte, por exemplo.
Os atuais passes e vales-transporte deverão ser substituídos por cartões magnéticos.
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