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19/07/2002
-
03h49
MARIANA VIVEIROS
da Folha de S.Paulo
A Cetesb (agência ambiental do governo paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) fecharam convênio para fazer a medição de poluentes no ar da região da base de estocagem de combustíveis da Shell na Vila Carioca (zona sul de São Paulo).
A decisão foi motivada por reclamações dos vizinhos à unidade. Eles afirmam sentir forte cheiro de gasolina. O fato foi comprovado in loco por técnicos da Cetesb, que querem confirmar se há vapores orgânicos tóxicos (como benzeno e seus derivados) na atmosfera e em qual concentração.
Além de causar mal-estar, o cheiro de combustível pode indicar ainda um risco de explosão.
A base da Vila Carioca é o cenário da maior contaminação registrada no município de São Paulo. O local (cerca de 180 mil m2) apresenta o subsolo e as águas subterrâneas poluídos por pesticidas e hidrocarbonetos tóxicos. O problema ultrapassou os muros da empresa e atingiu o lençol freático da área residencial vizinha.
Denunciado em 1993, o caso é alvo de uma ação civil pública, movida pela Promotoria de Meio Ambiente da Capital, que estima em até 30 mil o número de pessoas que podem estar atingidas.
Como o processo de detecção de uma eventual contaminação do ar é demorado, medidas preventivas já foram exigidas à Shell, que tem até o início do próximo mês para colocá-las em prática.
A empresa terá de instalar tetos flexíveis nos seus 36 tanques fixos _de modo a reduzir ao máximo a evaporação dos combustíveis_ e captar e condensar novamente os vapores que se formam no momento de abastecimento dos caminhões que distribuem o combustível para os postos.
Outra preocupação dos moradores a ser checada diz respeito à terra que está sendo retirada de uma antiga área administrativa da base, onde foram enterradas borras de pesticidas. A população teme que os poluentes possam entrar em suspensão no ar e que a remoção do solo contaminado acarrete deslizamentos, colocando em risco as casas vizinhas.
Para tranquilizar a população sobre o caso, a Cetesb divulgará boletins periódicos.
Cetesb vai monitorar o ar na área de estocagem de combustíveis da Shell
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da Folha de S.Paulo
A Cetesb (agência ambiental do governo paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) fecharam convênio para fazer a medição de poluentes no ar da região da base de estocagem de combustíveis da Shell na Vila Carioca (zona sul de São Paulo).
A decisão foi motivada por reclamações dos vizinhos à unidade. Eles afirmam sentir forte cheiro de gasolina. O fato foi comprovado in loco por técnicos da Cetesb, que querem confirmar se há vapores orgânicos tóxicos (como benzeno e seus derivados) na atmosfera e em qual concentração.
Além de causar mal-estar, o cheiro de combustível pode indicar ainda um risco de explosão.
A base da Vila Carioca é o cenário da maior contaminação registrada no município de São Paulo. O local (cerca de 180 mil m2) apresenta o subsolo e as águas subterrâneas poluídos por pesticidas e hidrocarbonetos tóxicos. O problema ultrapassou os muros da empresa e atingiu o lençol freático da área residencial vizinha.
Denunciado em 1993, o caso é alvo de uma ação civil pública, movida pela Promotoria de Meio Ambiente da Capital, que estima em até 30 mil o número de pessoas que podem estar atingidas.
Como o processo de detecção de uma eventual contaminação do ar é demorado, medidas preventivas já foram exigidas à Shell, que tem até o início do próximo mês para colocá-las em prática.
A empresa terá de instalar tetos flexíveis nos seus 36 tanques fixos _de modo a reduzir ao máximo a evaporação dos combustíveis_ e captar e condensar novamente os vapores que se formam no momento de abastecimento dos caminhões que distribuem o combustível para os postos.
Outra preocupação dos moradores a ser checada diz respeito à terra que está sendo retirada de uma antiga área administrativa da base, onde foram enterradas borras de pesticidas. A população teme que os poluentes possam entrar em suspensão no ar e que a remoção do solo contaminado acarrete deslizamentos, colocando em risco as casas vizinhas.
Para tranquilizar a população sobre o caso, a Cetesb divulgará boletins periódicos.
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