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21/07/2002
-
03h15
da Folha de S.Paulo
O promotor Igor Ferreira da Silva, foragido da Justiça desde abril do ano passado, tornou-se objeto de desejo das principais unidades policiais de São Paulo.
Condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de sua mulher, Patrícia Aggio Longo, 27, grávida de oito meses, ele desapareceu no dia seguinte à decisão unânime do Tribunal de Justiça.
Desde então, o que se viu foi um atropelamento de investigações de diversos setores das polícias que não tinham a função de perseguir esse tipo de fugitivo.
O "Crime de Atibaia", como o caso ficou conhecido na época, ganhou repercussão nacional em junho de 98. No dia, o promotor disse ter sido roubado e que um ladrão teria atirado em Patrícia.
Desde que a prisão de Igor foi decretada, cinco diferentes unidades das polícias Civil e Militar o perseguiram, conseguindo inclusive autorizações judiciais para grampear telefones de pessoas próximas ao promotor.
Primeiro, a Divisão de Capturas seguiu passos dele em Florianópolis, onde um irmão dele tem casa. O endereço foi monitorado de outubro a janeiro deste ano.
Em janeiro, uma força-tarefa de policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e da Deatur (Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista) desembarcou na mesma Florianópolis, sem informar a Divisão de Capturas. A divulgação dessa viagem atrapalhou o monitoramento que o primeiro grupo de investigação montou ali.
"Ele nunca esteve lá, mas poderia ir algum dia. Depois da notícia da viagem, nunca mais apareceria", disse à Folha um delegado que não quer ser identificado.
Por fim, o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), que andava rodeado por escândalos de corrupção, também entrou na caçada ao promotor foragido. Uma equipe pediu e conseguiu autorização para monitorar telefonemas.
Mais um grupo entrou nas buscas depois disso. O serviço reservado da Polícia Militar, que chegou a seguir, sem sucesso, pessoas da família e amigos de Igor.
Ninguém o prendeu. Ontem, ele completou um ano e três meses como foragido. E não existem pistas do seu esconderijo.
Segundo a polícia, o promotor vendeu a casa onde vivia com a mulher por cerca de R$ 140 mil. Teria usado parte do dinheiro para pagar advogado e financiar seu sumiço por um tempo.
"Ele está bem escondido. Em um lugar onde não coloca o rosto para fora", afirma o delegado Fernando Vilhena, responsável pela Divisão de Capturas.
Unidades policiais de SP competem na busca ao promotor Igor
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O promotor Igor Ferreira da Silva, foragido da Justiça desde abril do ano passado, tornou-se objeto de desejo das principais unidades policiais de São Paulo.
Condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de sua mulher, Patrícia Aggio Longo, 27, grávida de oito meses, ele desapareceu no dia seguinte à decisão unânime do Tribunal de Justiça.
Desde então, o que se viu foi um atropelamento de investigações de diversos setores das polícias que não tinham a função de perseguir esse tipo de fugitivo.
O "Crime de Atibaia", como o caso ficou conhecido na época, ganhou repercussão nacional em junho de 98. No dia, o promotor disse ter sido roubado e que um ladrão teria atirado em Patrícia.
Desde que a prisão de Igor foi decretada, cinco diferentes unidades das polícias Civil e Militar o perseguiram, conseguindo inclusive autorizações judiciais para grampear telefones de pessoas próximas ao promotor.
Primeiro, a Divisão de Capturas seguiu passos dele em Florianópolis, onde um irmão dele tem casa. O endereço foi monitorado de outubro a janeiro deste ano.
Em janeiro, uma força-tarefa de policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e da Deatur (Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista) desembarcou na mesma Florianópolis, sem informar a Divisão de Capturas. A divulgação dessa viagem atrapalhou o monitoramento que o primeiro grupo de investigação montou ali.
"Ele nunca esteve lá, mas poderia ir algum dia. Depois da notícia da viagem, nunca mais apareceria", disse à Folha um delegado que não quer ser identificado.
Por fim, o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), que andava rodeado por escândalos de corrupção, também entrou na caçada ao promotor foragido. Uma equipe pediu e conseguiu autorização para monitorar telefonemas.
Mais um grupo entrou nas buscas depois disso. O serviço reservado da Polícia Militar, que chegou a seguir, sem sucesso, pessoas da família e amigos de Igor.
Ninguém o prendeu. Ontem, ele completou um ano e três meses como foragido. E não existem pistas do seu esconderijo.
Segundo a polícia, o promotor vendeu a casa onde vivia com a mulher por cerca de R$ 140 mil. Teria usado parte do dinheiro para pagar advogado e financiar seu sumiço por um tempo.
"Ele está bem escondido. Em um lugar onde não coloca o rosto para fora", afirma o delegado Fernando Vilhena, responsável pela Divisão de Capturas.
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