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23/07/2002 - 11h07

Dono da casa não deixa retirar vidro onde apareceu suposta santa

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GIBA BERGAMIN JR.,
do Agora

A avaliação da figura estampada na janela da casa do demolidor Antonio José Rosa, 38 anos, cultuada por uma multidão que já chega a 123 mil pessoas, pode ter como empecilho a resistência de Rosa. "Ele não quer que retirem a janela", afirmou ontem a mulher do demolidor, Ana Maria de Jesus Rosa, 32 anos, que mora com ele e os três filhos (Alan, Arléia e Aline) no número 330 da rua Antonio Bernardino Corrêa. Desde o último domingo, a residência virou um "santuário".

As universidades Mogi das Cruzes , Brás Cubas _também em Mogi_ e PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, além do Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI de Mogi, devem indicar químicos, físicos, psicólogos, parapsicólogos e teólogos que vão formar a comissão analisadora do "enigma" da suposta imagem de Nossa Senhora.

De acordo com a diocese, o Instituto Paulo VI possui profissionais que se especializaram no assunto em Roma, na Itália.

Amanhã, o bispo de Mogi, Dom Paulo Mascarenhas Roxo, vai divulgar os nomes dos profissionais que vão conduzir a análise do fenômeno. O bispo Roxo ainda não se pronunciou a respeito da suposta imagem.

Os profissionais em química e física, respectivamente, indicados pela universidade Brás Cubas são José Queiroz Lemos e Jorge Luiz da Silva Lino. Segundo Lino, para uma análise minuciosa do vidro, o ideal é que a janela seja removida. "No local, a análise pode ser superficial, mas para obter o resultado exato, o ideal é remover o vidro para fazer a coleta dos componentes e analisá-los. Só assim podemos assinar embaixo a avaliação", afirmou o físico.

A Universidade de Mogi das Cruzes indicou o físico e químico Jean Jack e os químicos Magali Campos e Antonio Barbosa para auxiliarem na análise do vidro. A PUC São Paulo informou que não havia recebido pedido de indicação da diocese. O Agora não localizou a direção do Instituto Paulo VI para confirmar o convite.

De acordo com a Guarda Municipal de Ferraz, cerca de 123 mil pessoas visitaram a imagem.

A Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos começou ontem a adaptar um terreno para transformá-lo em estacionamento gratuito devido ao transtorno causado na rua Antonio Bernardino Corrêa. Segundo a administração, moradores reclamam do vai-e-vem de veículos na frente das casas e dos camelôs, que já vendem fotos da santa por R$ 5.
 

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