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23/07/2002 - 21h45

Polícia apreende 45 mil litros de combustível adulterado no interior

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RAQUEL LIMA
da Folha Campinas

A Polícia Civil da região de Campinas apreendeu, no início da tarde de hoje, em Araras, 45 mil litros de combustível adulterado e outros 15 mil litros de álcool. O material estava em um depósito clandestino.

Os proprietários do local, João de Gaspi, 54, e Renato de Gaspi, 30 _pai e filho_ foram presos em flagrante e responderão por crime contra a ordem tributária, depósito irregular de combustível e falsificação de documentos particulares, segundo a polícia.

No depósito, localizado no núcleo Caio Prado _zona rural da cidade_, foram apreendidos ainda notas fiscais frias, diversos talões fiscais novos, lacres, um computador, duas impressoras e outros materiais de escritório.

A dupla falsificava notas de uma empresa de Campinas e uma de Barueri, de acordo com informação da Polícia Civil.

Em um arquivo do computador, a polícia identificou mais de 50 postos da região que recebiam o combustível adulterado.

"Eles [os proprietários dos postos] sabiam que a nota fiscal era fria e que estavam recebendo um material de fundo de quintal", declarou o delegado de Cordeirópolis, Luís Roberto Villela.

"A Secretaria da Fazenda de Campinas vai realizar uma devassa nesses postos", declarou.

A polícia chegou ao local após uma denúncia anônima.

Técnicos da ANP (Agência Nacional do Petróleo) devem realizar amanhã análise do material apreendido, segundo o delegado.

A apreensão do material e a prisão dos dois homens envolveram 18 policiais e oito carros das polícias de Araras, Limeira, Cordeirópolis e Leme.

Um relatório concluído em junho pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Combustíveis estadual apontou a região de Campinas como um dos principais pontos de adulteração de combustível no Estado.

A localização do pólo petroquímico da Replan, em Paulínia, é o principal fator de estímulo à prática do crime por revendedores, de acordo com o documento.

O relator da CPI, deputado Arnaldo Jardim (PPS), declarou, no momento da divulgação da conclusão das investigações, que Campinas e Guarulhos são os principais focos de adulteração do Estado de São Paulo.

Segundo o documento da CPI, a média de adulteração em Campinas e Guarulhos é de 25% de todo o combustível comercializado mensalmente. A média estadual é de 18%.
 

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