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24/07/2000
-
16h58
LARISSA SQUEFF
da Folha Online
O presidente da Febem (Fundação do Bem Estar do Menor), Benedito Duarte, abriu um inquérito policial para investigar a veracidade das denúncias feitas pelos integrantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
No dia 15 de junho, o movimento entregou à comissão de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) um dossiê denunciando maus tratos e tortura dentro das unidades da Febem. No documento, o movimento acusou a diretoria da fundação de conivência com a violência praticada pelos funcionários e ainda disse que haveria um esquema de tráfico de drogas dentro das unidades que seria conhecido pela diretoria da fundação.
No início da tarde desta segunda-feira (24), Francisco de Carvalho Lima, secretário executivo do movimento; Ariel de Castro Alves, coordenador estadual do movimento; e Dalva Carvalho, conselheira nacional do movimento, prestaram depoimento no 3º DP (Santa Ifigênia).
O delegado que está presidindo o inquérito, Jorge Carrasco, da 1º Seccional, deverá recolher provas dos acusados que comprovem as denúncias.
Francisco de Carvalho Lima afirmou que os integrantes levaram uma coletânea de fotos, documentos e artigos de jornal que falam da Febem e comprovam as acusações.
Para Lima, no entanto, o fato dos integrantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos terem de prestar depoimento sobre a veracidade das denúncias é uma atitude intimidatória. " É incrível. Ao invés da polícia ir investigar as denúncias, vem nos investigar. Esta atitude do presidente da Febem é uma tentativa de fazer com que o movimento se cale e pare de denunciar as irregularidades", disse.
Nos próximos dias, representantes de entidades que defendem os direitos dos internos da Febem deverão prestar depoimento na delegacia confirmando a versão dos integrantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
Na terça-feira (25), devem depor o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Menor e do Adolescente, o vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal e o deputado Renato Simões (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
Estão previstos ainda depoimentos da presidente da Amar (Associação de Mães Amigos dos Jovens em Risco), Conceição Paganelli e de conselheiros tutelares e de defesa da criança e do adolescente.
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não considera a abertura de inquérito como medida intimidatória. Segundo a assessoria, as acusações são graves e devem ser comprovadas.
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Presidente da Febem abre inquérito contra entidade que fez denúncia contra a fundação
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LARISSA SQUEFF
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O presidente da Febem (Fundação do Bem Estar do Menor), Benedito Duarte, abriu um inquérito policial para investigar a veracidade das denúncias feitas pelos integrantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
No dia 15 de junho, o movimento entregou à comissão de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) um dossiê denunciando maus tratos e tortura dentro das unidades da Febem. No documento, o movimento acusou a diretoria da fundação de conivência com a violência praticada pelos funcionários e ainda disse que haveria um esquema de tráfico de drogas dentro das unidades que seria conhecido pela diretoria da fundação.
No início da tarde desta segunda-feira (24), Francisco de Carvalho Lima, secretário executivo do movimento; Ariel de Castro Alves, coordenador estadual do movimento; e Dalva Carvalho, conselheira nacional do movimento, prestaram depoimento no 3º DP (Santa Ifigênia).
O delegado que está presidindo o inquérito, Jorge Carrasco, da 1º Seccional, deverá recolher provas dos acusados que comprovem as denúncias.
Francisco de Carvalho Lima afirmou que os integrantes levaram uma coletânea de fotos, documentos e artigos de jornal que falam da Febem e comprovam as acusações.
Para Lima, no entanto, o fato dos integrantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos terem de prestar depoimento sobre a veracidade das denúncias é uma atitude intimidatória. " É incrível. Ao invés da polícia ir investigar as denúncias, vem nos investigar. Esta atitude do presidente da Febem é uma tentativa de fazer com que o movimento se cale e pare de denunciar as irregularidades", disse.
Nos próximos dias, representantes de entidades que defendem os direitos dos internos da Febem deverão prestar depoimento na delegacia confirmando a versão dos integrantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
Na terça-feira (25), devem depor o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Menor e do Adolescente, o vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal e o deputado Renato Simões (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
Estão previstos ainda depoimentos da presidente da Amar (Associação de Mães Amigos dos Jovens em Risco), Conceição Paganelli e de conselheiros tutelares e de defesa da criança e do adolescente.
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não considera a abertura de inquérito como medida intimidatória. Segundo a assessoria, as acusações são graves e devem ser comprovadas.
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