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24/07/2000 - 19h15

Ministro diz que ainda não haverá demissões na Petrobras

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ANDRÉIA GOMES DURÃO
da Folha de S.Paulo, no Rio

O ministro das Minas e Energia Rodolfo Tourinho anunciou nesta segunda-feira (24) que ainda não haverá demissões relativas ao acidente da Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), no Paraná, em que 4 milhões de litros de óleo bruto foram lançados no Rio Iguaçu.

Os dois operadores apontados pela Petrobras como responsáveis pelo vazamento do duto que liga o terminal São Francisco do Sul, em Santa Catarina, à refinaria no Paraná, foram afastados de suas funções, mas continuam trabalhando para a estatal, colaborando nas manobras de controle do acidente.

Tourinho anunciou também, após reunião com a diretoria da Petrobras, a intensificação de um Plano de Emergência, que inclui a contratação de uma auditoria externa, compra de materiais de segurança, implantação de procedimentos de checagem, além de uma melhor identificação de pontos críticos de refinarias, terminais e dutos.

Nesse plano, serão definidas as responsabilidades operacionais nos processos de transmissão e recepção de óleo. Dos R$ 2 bilhões que serão investimentos pela empresa até 2003, R$ 500 milhões serão destinados à automação de dutos.

Outra meta a ser cumprida é a aceleração dos investimentos do Plano Pégasus, implantado pela estatal após o acidente na baía de Guanabara, em janeiro deste ano. O Plano de Emergência ainda está sob processo de detalhamento, podendo ser colocado em prática a partir desta sexta-feira, após aprovação. A comissão de sindicância do plano terá até o dia 5 para apurar as responsabilidades do acidente.

A Petrobras ainda não estimou o custo desse plano. Os prejuízos causados pelo acidente também não foram apurados. "Não interessa o custo. Queremos a empresa livre de problemas", afirmou Tourinho.

Segundo o ministro, não há mais manchas de óleo no rio Iguaçu e cerca de 350 mil litros de óleo estão em terra firme, em um terreno da refinaria, onde não há riscos de danos ambientais.

Os últimos resquícios deverão ser retirados até o próximo domingo, com a implantação de um plano de bio-remediação, que utiliza bactérias para degradação do óleo.

O presidente da Petrobras, Henri Phillipe Reichstul, encontra-se atualmente na Alemanha, junto à diretoria financeira da estatal, tratando de questões referentes à venda das ações excedentes da empresa, e não participou da reunião de diretoria hoje à tarde.

Reichstul deverá voltar ao Rio na próxima quinta-feira, quando poderá aprovar o Plano de Emergência. O ministro afirma que o acidente não causou danos ao processo de vendas das ações.

Para o diretor de comunicações da Aepet (Associação de Engenheiros da Petrobras), José Conrado de Souza, o acidente foi provocado pelos cortes de mão-de-obra na companhia.

O ministro Tourinho disse que o acidente foi causado "única e exclusivamente" por falha humana, mas afirmou que o número de funcionários respeita os padrões internacionais de operação das petrolíferas.

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