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24/07/2000 - 20h56

Polícia suspeita de latrocínio ou vingança no assassinato de engenheiro em Campos

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JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
editor da Folha Vale

O engenheiro paulistano Nelson Bhen Aguiar Júnior, 51, morreu hoje em Taubaté depois de ter sido baleado na cabeça em Campos do Jordão. O crime foi na madrugada de sábado.

Segundo a Polícia Civil de Campos, há pelo menos cinco anos não era registrado homicídios de turistas na cidade.

Aguiar foi baleado quando saía de sua casa, na Vila Ingleza, bairro nobre de Campos do Jordão, por volta da 1h de sábado.

O engenheiro deixou a casa, acompanhado por um filho de 13 anos, para verificar porque o fornecimento de energia do local havia sido interrompido.

Em seguida, segundo familiares, foram ouvidos dois disparos de revólver. Um deles acertou na cabeça do engenheiro. Os tiros teriam partido de um homem que estava na frente da casa.

A família de Aguiar ainda o levou para o hospital de Campos, mas ele foi transferido depois para Taubaté, onde morreu.

Aposentado da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), ele morava em Moema, bairro de classe média-alta de São Paulo, e era casado com a arquiteta Maria Meirelles Aguiar.

O corpo será enterrado às 11h de terça-feira, no cemitério São Paulo, na capital paulista.

Segundo o delegado Paulo Navarro, foi o primeiro homicídio de um turista em Campos do Jordão desde, pelo menos, 1995.

A morte foi o terceiro homicídio em Campos neste ano, ainda segundo o delegado.

Segundo o Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), Campos é uma das cidades menos violentas da região de São José dos Campos.

No ano passado, houve cinco homicídios, ou 14 por grupo de 100 mil habitantes.

Caraguatatuba, a mais violenta entre as principais cidades, registrou o índice de 61,2 mortes por 100 mil moradores em 1999.

O delegado Navarro afirmou ontem que a polícia investiga duas hipóteses para o crime: tentativa de latrocínio (assalto seguido de morte) ou vingança.

"O autor do crime não levou nada. Quando vão roubar uma casa, os ladrões geralmente entram quando não há ninguém'', afirmou o delegado Navarro.
Neste ano, uma pessoa morreu após um desentendimento em um bar em Campos. Outra vítima de homicídio, uma mulher, foi morte em um crime passional.

Versão

A administradora Ana Teresa Meirelles, 38, cunhada do engenheiro, disse que a família suspeita de que o autor do crime tivesse a intenção de roubar a casa de Aguiar.

"Meu sobrinho saiu com uma lanterna na mão, o que pode ter assustado o ladrão'', disse.

Ela afirmou que a família não conseguiu apressar o socorro a Aguiar pode não há serviço médico especializado em Campos.

"É um absurdo uma cidade que recebe 1 milhão de turistas não contar com uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) aparelhada'', disse a administradora.

O secretário de Saúde de Campos do Jordão, Franklin Alkinin Bueno, reconhece o problema e disse que há dois anos a cidade tenta obter verbas para criar uma UTI.

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