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02/08/2002 - 20h26

Sob ameaça de traficantes, evento relembra morte de Tim Lopes no Rio

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da Folha de S.Paulo, no Rio

Cerca de cem pessoas se reuniram nesta sexta-feira no centro do Rio em ato que lembrou os dois meses da morte do jornalista da TV Globo Tim Lopes, assassinado por traficantes da quadrilha de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, quando fazia reportagem sobre um baile funk na favela Vila Cruzeiro (zona norte do Rio).

Além de parentes e amigos, o evento contou com a participação de familiares de vítimas do tráfico. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, famílias que participaram das primeiras manifestações sofreram ameaças de traficantes, que as teriam proibido de participar de protesto contra a morte de Lopes. Os líderes do tráfico teriam até mesmo enviado "olheiros" às manifestações.

"Sabíamos informalmente que os traficantes estavam ameaçando algumas famílias. Nosso objetivo, no entanto, é atrair cada vez mais essas pessoas [parentes de vítimas da violência] para nossos atos. É importante que elas participem, para mostrar que nosso movimento não é corporativista", afirmou Nacif Elias, presidente do sindicato.

Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio, Zaqueu Teixeira, desde a morte de Lopes foram presos cinco dos nove indiciados pelo crime e outros 15 integrantes da quadrilha de Elias Maluco. A maioria das prisões foi de criminosos que não faziam parte do primeiro escalão da quadrilha.

Entre os presos, os mais importantes do bando são, segundo a polícia, Márcio da Silva Mattos, o Marcinho Muleta, que controlava a venda de drogas nas favelas de Manguinhos (zona norte), e Adlas Ferreira, o Adão, que chefiava o tráfico na favela de Vigário Geral (zona norte).

O secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Aguiar, diz acreditar que a prisão de Elias Maluco esteja próxima. "Ainda não prendemos Elias Maluco para evitar que muitos inocentes sejam mortos", afirmou o secretário.

Hoje, mais um traficante supostamente ligado a Elias Maluco foi preso. Alessandro Felisberto Barbosa, 30, o Sandrinho, estava na favela do Jacarezinho (zona norte do Rio) ao ser preso por policiais da DRF (Delegacia de Roubos e Furtos).

Além de acusado de fazer parte da quadrilha de Elias Maluco, Sandrinho é apontado pela polícia como o substituto de Marcinho Muleta, preso no último dia 17, no comando do tráfico em Manguinhos (zona norte).

Além das prisões, a polícia descobriu recentemente um laboratório utilizado como refinaria de cocaína pela quadrilha no complexo do Alemão (zona norte).
 

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