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Ambulantes reclamam de aumento na fiscalização na 25 de Março
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PAULO TOLEDO PIZA
Colaboração para a Folha Online
Ambulantes da região da rua 25 de Março realizaram nesta quinta-feira um protesto na região central de São Paulo. Eles reclamaram do aumento da fiscalização da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da PM (Polícia Militar) nesta semana na tradicional área de comércio popular.
A presença de ambulantes na 25 de Março está proibida pela prefeitura desde segunda-feira (4), sob o argumento de que a via será revitalizada nos próximos cem dias. No dia seguinte, no entanto, parte da rua voltou a ser ocupada por camelôs ilegais. Os 74 ambulantes que têm autorização para trabalhar no local continuaram na praça Fernando Costa, na mesma região, mas reclamaram da queda nas vendas.
A ambulante Aldeide Pereira, 43, afirmou à Folha Online nesta quinta que desde segunda não consegue vender nenhuma bijuteria em sua barraca. "Venho todos os dias e não consigo trabalhar", afirmou. "Venho da zona leste e acabo gastando o dinheiro que usaria para comer em transporte."
O vendedor Antônio Carlos dos Santos, 36, reclamou do tratamento dado pela prefeitura. "Somos cidadãos honestos, queremos trabalhar." Idealista, apontou como solução a criação de um shopping popular que abrigue os ambulantes ilegais. "A prefeitura bem que podia construir um prédio com boxes para nós vendermos nossos produtos."
Apreensões
Ao final do protesto, no viaduto do Chá, em frente à prefeitura, um camelô que não quis se identificar contou que as apreensões estão cada vez mais constantes na região.
A reportagem testemunhou uma apreensão na rua General Carneiro, próximo à rua 25 de Março, no início da tarde desta quinta, no momento em que os manifestantes que participaram do protesto se dispersavam. Os poucos ambulantes que vendiam seus produtos na via foram surpreendidos por dois carros e uma Kombi da GCM.
Em menos de dois minutos, uma vendedora de bebidas teve seu isopor com refrigerantes e água apreendido. As garrafas foram ensacadas, lacradas e colocadas na Kombi. Com produtos menos pesados, como tênis e DVDs, os outros ambulantes conseguiram escapar da fiscalização correndo pela via.
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