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08/08/2002 - 21h30

Entenda as denúncias de recrutamento de presos pela polícia de SP

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da Folha Online

O Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância da polícia de São Paulo) foi criado em março de 2000 para investigar crimes de racismo e discriminação. No entanto, recrutou presos -para infiltrá-los em quadrilhas- e apurar as ações, entre julho de 2001 e abril deste ano. Os resultados foram mortes e acusação de tortura.

Os presos tinham autorização judicial para deixar a cadeia e investigar as quadrilhas. Fora das cadeias, os detentos tinham regalias, como carros, acesso a telefones e contato com a família.

Uma das ações, conforme relato de um preso que serviu ao grupo, terminou com a morte de 12 supostos integrantes da facção criminosa PCC, em março, na rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho. A operação, conforme carta do preso divulgada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), foi preparada pela unidade.

O detento que escreveu à OAB citando ações do Gradi havia fugido em uma das missões e foi recapturado. Ele diz que foi torturado, após voltar para a cadeia.

O governo do Estado afirma que as operações realizadas foram legais.

A carta divulgada pela OAB revela que o preso teve contatos pessoais com o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. O secretário, no entanto, nega as declarações do preso.

O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo afastou, nesta quarta-feira, o juiz-corregedor dos presídios, Octávio Augusto Machado de Barros Filho, e o juiz-corregedor do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), Maurício Lemos Porto Alves.

Segundo o TJ, o afastamento é temporário e os juizes poderão voltar aos seus cargos após as investigações. Segundo o tribunal, os dois foram afastados para garantir maior transparência nas investigações.

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