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09/08/2002
-
10h27
da Folha Campinas
Piracicaba é a cidade do Estado na qual o consumidor está mais sujeito a comprar combustível adulterado. Pelo menos 26,8% da gasolina vendida nos postos da cidade apresentou problemas.
O dado é revelado por levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre os últimos meses de abril e junho.
Em Piracicaba, foram coletadas 97 amostras de combustível nos postos revendedores. Em 26 delas, foram constatadas irregularidades de composição, como mistura excessiva de álcool anidro e adição de solventes.
Para o Recap (Sindicato dos Revendedores de Combustível de Campinas e Região), o problema da venda de combustível adulterado em Piracicaba precisa ser tratado com mais atenção.
"Piracicaba para o sindicato é a cidade mais problemática do Estado. Já se instalou nela a concorrência predatória promovida por gente desonesta, e muito revendedor sério está falindo por isso", afirmou ontem o presidente do Recap, Emílio Martins.
Segundo ele, os revendedores de combustível de Piracicaba foram os que menos aderiram à campanha antiadulteração que está sendo promovida atualmente pelo sindicato, com o objetivo de recuperar a imagem da categoria.
Dos cerca de cem postos de distribuição do município associados ao Recap, apenas seis participam da campanha da entidade (leia texto nesta página). Martins defende a realização constante de blitze de fiscalização nessa região do Estado.
"Já tentei competir com postos que vendiam gasolina a um preço de custo de R$ 1,54 e quase fechei por conta disso. Agora, mantenho o preço que posso cobrar e aposto na credibilidade do estabelecimento para sobreviver", disse Ângela Mariz de Carvalho Ramos, dona de um posto de combustível em Piracicaba.
Segundo dados da ANP, a maioria dos postos da região compra o litro da gasolina das distribuidoras por valor igual ou superior a R$ 1,50.
O levantamento da ANP revelou ainda que cidades próximas a Piracicaba, como Americana e Limeira, também possuem índices altos de adulteração. Nos postos de Americana, 17,2% das amostras coletadas estavam irregulares.
Em Limeira, outra cidade que encabeça a lista das mais problemáticas, o índice de material adulterado foi de 14%.
Devido ao alto índice de adulteração, as blitze de fiscalização feitas pela ANP são comuns nessas cidades. Anteontem, por exemplo, uma bomba foi lacrada em Americana por armazenar gasolina com mistura de álcool anidro superior ao índice permitido.
As demais cidades da região pesquisadas pela ANP foram Campinas, Jundiaí, Itu, Bragança Paulista, Mogi-Mirim, Limeira e Águas da Prata.
Investigação
O problema da adulteração de combustível em cidades como Piracicaba e Americana foi apurado recentemente pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Combustíveis da Assembléia Legislativa de São Paulo.
"São centros cortados por boas estradas e próximos ao pólo petroquímico de Paulínia. Estamos acompanhando investigações fiscais e policiais nessas cidades para coibir esse tipo de crime", disse o presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (PFL).
De acordo com a polícia de Paulínia, a saída de combustível da cidade para adulteração em Piracicaba é frequente. A principal irregularidade seria em relação à gasolina, levada para ser misturada com solvente.
"Há muitas empresas de solvente em Piracicaba e, pelo que pudemos apurar, muita gasolina produzida em Paulínia acaba sendo adulterada lá", afirmou o delegado titular de Paulínia, Tadeu Aparecido Brito de Almeida.
Piracicaba é a cidade do Estado de SP líder em gasolina adulterada
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Piracicaba é a cidade do Estado na qual o consumidor está mais sujeito a comprar combustível adulterado. Pelo menos 26,8% da gasolina vendida nos postos da cidade apresentou problemas.
O dado é revelado por levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre os últimos meses de abril e junho.
Em Piracicaba, foram coletadas 97 amostras de combustível nos postos revendedores. Em 26 delas, foram constatadas irregularidades de composição, como mistura excessiva de álcool anidro e adição de solventes.
Para o Recap (Sindicato dos Revendedores de Combustível de Campinas e Região), o problema da venda de combustível adulterado em Piracicaba precisa ser tratado com mais atenção.
"Piracicaba para o sindicato é a cidade mais problemática do Estado. Já se instalou nela a concorrência predatória promovida por gente desonesta, e muito revendedor sério está falindo por isso", afirmou ontem o presidente do Recap, Emílio Martins.
Segundo ele, os revendedores de combustível de Piracicaba foram os que menos aderiram à campanha antiadulteração que está sendo promovida atualmente pelo sindicato, com o objetivo de recuperar a imagem da categoria.
Dos cerca de cem postos de distribuição do município associados ao Recap, apenas seis participam da campanha da entidade (leia texto nesta página). Martins defende a realização constante de blitze de fiscalização nessa região do Estado.
"Já tentei competir com postos que vendiam gasolina a um preço de custo de R$ 1,54 e quase fechei por conta disso. Agora, mantenho o preço que posso cobrar e aposto na credibilidade do estabelecimento para sobreviver", disse Ângela Mariz de Carvalho Ramos, dona de um posto de combustível em Piracicaba.
Segundo dados da ANP, a maioria dos postos da região compra o litro da gasolina das distribuidoras por valor igual ou superior a R$ 1,50.
O levantamento da ANP revelou ainda que cidades próximas a Piracicaba, como Americana e Limeira, também possuem índices altos de adulteração. Nos postos de Americana, 17,2% das amostras coletadas estavam irregulares.
Em Limeira, outra cidade que encabeça a lista das mais problemáticas, o índice de material adulterado foi de 14%.
Devido ao alto índice de adulteração, as blitze de fiscalização feitas pela ANP são comuns nessas cidades. Anteontem, por exemplo, uma bomba foi lacrada em Americana por armazenar gasolina com mistura de álcool anidro superior ao índice permitido.
As demais cidades da região pesquisadas pela ANP foram Campinas, Jundiaí, Itu, Bragança Paulista, Mogi-Mirim, Limeira e Águas da Prata.
Investigação
O problema da adulteração de combustível em cidades como Piracicaba e Americana foi apurado recentemente pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Combustíveis da Assembléia Legislativa de São Paulo.
"São centros cortados por boas estradas e próximos ao pólo petroquímico de Paulínia. Estamos acompanhando investigações fiscais e policiais nessas cidades para coibir esse tipo de crime", disse o presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (PFL).
De acordo com a polícia de Paulínia, a saída de combustível da cidade para adulteração em Piracicaba é frequente. A principal irregularidade seria em relação à gasolina, levada para ser misturada com solvente.
"Há muitas empresas de solvente em Piracicaba e, pelo que pudemos apurar, muita gasolina produzida em Paulínia acaba sendo adulterada lá", afirmou o delegado titular de Paulínia, Tadeu Aparecido Brito de Almeida.
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