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10/08/2002 - 03h49

Funcionário demitido mata filho de ex-patrão e simula sequestro em SP

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da Agora S.Paulo

Para se vingar do ex-patrão, Eduardo Mateus Catarino, 36, matou o filho dele, queimou o corpo e depois simulou um sequestro, onde exigia R$ 700 mil pela vida da vítima.

O homicídio seguido de extorsão foi cometido por Catarino e um primo dele, o motoboy Abrão Vitorino, 28, no dia 27 de julho, no km 56 da estrada velha de Santa Branca (90 km de SP), e foi esclarecido anteontem pela DAS (Delegacia Anti-Sequestro).

Ex-motorista de Harima Chang, pai do estudante de administração Charles Wo Jhian Chang, 19, Catarino aproveitou-se da amizade com o rapaz para atraí-lo até uma suposta fazenda, onde praticariam tiro ao alvo.

Demitido da Brasdway, recicladora de borracha da família Chang na zona leste de São Paulo, há cinco meses, Catarino passou a querer se vingar de Harima, um chinês que vive no Brasil há mais de 20 anos e era tido como arrogante pelo ex-funcionário.

A DAS descobriu o plano de Catarino -que confessou ter dado dois tiros na nuca do jovem e ateado fogo ao corpo dele- depois que parentes do jovem disseram que, no dia 27 (data do crime), ele saiu de casa com seu Mitsubishi Galaxy dizendo que iria se encontrar com o ex-motorista.

A primeira pista foi o fato de o ex-motorista ter sido a última pessoa com quem Charles teve contato. A segunda foi o local onde o carro do jovem foi encontrado: uma avenida em Itaquera, mesmo bairro da zona leste onde o motorista vivia.

A evidência mais forte, porém, foi descoberta na última segunda-feira, quando a polícia achou um óculos de Charles, que custa mais de R$ 1.000, na casa de Catarino.

O ex-motorista, então, admitiu o crime e disse ter deixado o corpo do estudante, carbonizado, em um matagal em Santa Branca. O rapaz havia sido enterrado no cemitério local como indigente. Catarino também disse que, no dia seguinte ao suposto sequestro, ele recebeu os R$ 42 mil do resgate.

Para o delegado Wagner Giudice, da DAS, Catarino e Abrão podem ser condenados a penas superiores a 25 anos. "Nesse caso não houve sequestro. A vítima já estava morta quando os contatos para o resgate foram feitos."

Os primos foram enquadrados por homicídio qualificado (houve premeditação) e por extorsão.
 

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