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11/08/2002
-
22h24
ALLAN DE ABREU
free-lance para a Folha Ribeirão
Os postos de combustível de Batatais, município da região de Ribeirão Preto, apresentaram o segundo maior índice de adulteração da gasolina no Estado de São Paulo, segundo levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) com postos revendedores do produto entre os meses de abril e junho deste ano.
O percentual médio de adulteração da gasolina no Estado de São Paulo é de 11,3% _o maior índice foi registrado em Piracicaba (26,8%). Em Batatais, o índice chega a 22,9%.
Entre as cidades pesquisadas na região, outras quatro apresentaram um percentual acima da média do Estado _Barretos (17,9%), Taquaritinga (17,5%), Ribeirão Preto (16,4%) e São Carlos (14%)_ e apenas uma ficou abaixo (Araraquara, 10%).
Álcool
Na análise do álcool, os maiores índices de adulteração do Estado foram registrados em São Carlos (52,6%) e em Franca (50%). A média estadual, segundo a ANP, foi de 23,7%.
Outras quatro cidades da região apresentaram índices acima da média estadual (23,7%) _Barretos (38,9%), Ribeirão Preto, Batatais e Taquaritinga (todas com 33,3%).
Entre as cidades da região, somente Araraquara, com 11,1%, ficou abaixo da média.
Já as amostras de óleo diesel coletadas no levantamento da ANP apresentaram um índice acima da média estadual (6,8%) somente em Araraquara (11,1%).
Nas cidades de Barretos (5,4%), Ribeirão Preto (4,9%) e São Carlos (2,7%), os índices ficaram abaixo da média.
Nos municípios de Batatais e Taquaritinga, nenhuma amostra do combustível coletada na pesquisa apresentou adulteração.
O Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) não soube informar o volume de combustível vendido na região.
Segundo a ANP, nos primeiros sete meses do ano, o óleo diesel representou 35,6% de todo o combustível comercializado no Estado, seguido pela gasolina (28,2%) e pelo álcool (5,17%).
Concorrência
Para o pesquisador de combustíveis da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, Fernando Mauro Lanças, o motivo da adulteração seria o aumento da concorrência.
Ele diz que, para conseguir reduzir o preço do combustível sem reduzir a margem de lucro, os postos e distribuidoras adulteram o combustível, principalmente a gasolina, cujo preço é maior (o valor médio estadual é de R$ 1,72 por litro).
"Se a pessoa adultera 10% do combustível, o lucro é muito alto porque a quantidade manipulada é sempre muito alta", diz Lanças.
Os responsáveis por postos de combustível consultados pela Folha atribuem à concorrência de preços e à baixa fiscalização os altos índices de adulterações na região de Ribeirão Preto.
"Com a concorrência e a margem de lucro apertada, tem dono de posto que acaba fazendo loucura", afirmou o gerente de posto Orlando Cardoso.
Batatais lidera a adulteração de combustível na região de Ribeirão
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free-lance para a Folha Ribeirão
Os postos de combustível de Batatais, município da região de Ribeirão Preto, apresentaram o segundo maior índice de adulteração da gasolina no Estado de São Paulo, segundo levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) com postos revendedores do produto entre os meses de abril e junho deste ano.
O percentual médio de adulteração da gasolina no Estado de São Paulo é de 11,3% _o maior índice foi registrado em Piracicaba (26,8%). Em Batatais, o índice chega a 22,9%.
Entre as cidades pesquisadas na região, outras quatro apresentaram um percentual acima da média do Estado _Barretos (17,9%), Taquaritinga (17,5%), Ribeirão Preto (16,4%) e São Carlos (14%)_ e apenas uma ficou abaixo (Araraquara, 10%).
Álcool
Na análise do álcool, os maiores índices de adulteração do Estado foram registrados em São Carlos (52,6%) e em Franca (50%). A média estadual, segundo a ANP, foi de 23,7%.
Outras quatro cidades da região apresentaram índices acima da média estadual (23,7%) _Barretos (38,9%), Ribeirão Preto, Batatais e Taquaritinga (todas com 33,3%).
Entre as cidades da região, somente Araraquara, com 11,1%, ficou abaixo da média.
Já as amostras de óleo diesel coletadas no levantamento da ANP apresentaram um índice acima da média estadual (6,8%) somente em Araraquara (11,1%).
Nas cidades de Barretos (5,4%), Ribeirão Preto (4,9%) e São Carlos (2,7%), os índices ficaram abaixo da média.
Nos municípios de Batatais e Taquaritinga, nenhuma amostra do combustível coletada na pesquisa apresentou adulteração.
O Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) não soube informar o volume de combustível vendido na região.
Segundo a ANP, nos primeiros sete meses do ano, o óleo diesel representou 35,6% de todo o combustível comercializado no Estado, seguido pela gasolina (28,2%) e pelo álcool (5,17%).
Concorrência
Para o pesquisador de combustíveis da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, Fernando Mauro Lanças, o motivo da adulteração seria o aumento da concorrência.
Ele diz que, para conseguir reduzir o preço do combustível sem reduzir a margem de lucro, os postos e distribuidoras adulteram o combustível, principalmente a gasolina, cujo preço é maior (o valor médio estadual é de R$ 1,72 por litro).
"Se a pessoa adultera 10% do combustível, o lucro é muito alto porque a quantidade manipulada é sempre muito alta", diz Lanças.
Os responsáveis por postos de combustível consultados pela Folha atribuem à concorrência de preços e à baixa fiscalização os altos índices de adulterações na região de Ribeirão Preto.
"Com a concorrência e a margem de lucro apertada, tem dono de posto que acaba fazendo loucura", afirmou o gerente de posto Orlando Cardoso.
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