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15/08/2002
-
10h23
da Folha Vale
As chuvas não atingem a média histórica no Vale do Paraíba desde maio 2001 e, graças ainda ao inverno mais quente dos últimos 40 anos no Estado, já começa a faltar água para gerar energia na represa de Santa Branca, da Light.
Entre maio de 2001 e a última medição feita pelo Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), na segunda-feira, o índice pluviométrico foi 29,1% menor do que a média histórica.
Além disso, o inverno deste ano está em média 4ºC mais quente do que os valores históricos, de acordo com o mesmo órgão, ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Outro efeito da seca e do calor fora de época começa a pesar no bolso do consumidor _produtos como o tomate (11,79%) e a mandioca (14,08%) foram os vilões do aumento do preço da cesta básica no Vale em relação a junho, segundo pesquisa da Unitau.
A falta de chuvas, aliada à baixa umidade do ar, deve durar até o mês de outubro, segundo previsões do Cptec.
Um dos motivos do clima incomum para a época, afirma o órgão, é a atuação do fenômeno El Niño, que aquece as águas do Pacífico e afeta o clima. Além disso, existe a presença de uma massa de ar quente sobre o Atlântico que impede a chegada de uma frente fria instalada na região Sul do país. "O El Niño foi detectado sobre o Pacífico em abril", disse o coordenador de estudos e previsões do clima do Cptec, José Antonio Marengo.
Segundo o meteorologista, a previsão de chuvas para outubro é comum em todos os anos, mas a previsão para as precipitações do final do ano podem ser feitas somente em novembro.
O meteorologista alerta que a situação deve se manter pelo menos até outubro. Até lá, se não chover, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) prevê um novo racionamento de energia em todo o país.
"Há previsões para precipitação na região Sudeste somente em outubro, depois disso seria incorreta", afirmou Marengo.
A estiagem já afeta a geração de energia. A Light, responsável pelo controle da represa de Santa Branca, já reduziu a geração.
A seca afeta outras represas do Vale, como a de Paraibuna e a do Jaguari, em São José dos Campos.
Outro problema acarretado pelo clima seco é o aumento dos incêndios. Anteontem à noite, o fogo atingiu uma área ao lado da rodovia dos Tamoios (SP-99), em São José, e só foi controlado nove horas depois.
"Os incêndios em matas que beiram pistas são os que mais preocupam porque impedem a visibilidade de motoristas e provocam acidentes", disse o tenente Paulo Monteiro Filho do Grupamento de Bombeiros.
Monteiro Filho informou não ter o levantamento de áreas atingidas por queimadas, mas afirmou que a corporação prepara a Operação Mata-Fogo.
Seca afeta geração de energia no Vale do Paraíba
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As chuvas não atingem a média histórica no Vale do Paraíba desde maio 2001 e, graças ainda ao inverno mais quente dos últimos 40 anos no Estado, já começa a faltar água para gerar energia na represa de Santa Branca, da Light.
Entre maio de 2001 e a última medição feita pelo Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), na segunda-feira, o índice pluviométrico foi 29,1% menor do que a média histórica.
Além disso, o inverno deste ano está em média 4ºC mais quente do que os valores históricos, de acordo com o mesmo órgão, ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Outro efeito da seca e do calor fora de época começa a pesar no bolso do consumidor _produtos como o tomate (11,79%) e a mandioca (14,08%) foram os vilões do aumento do preço da cesta básica no Vale em relação a junho, segundo pesquisa da Unitau.
A falta de chuvas, aliada à baixa umidade do ar, deve durar até o mês de outubro, segundo previsões do Cptec.
Um dos motivos do clima incomum para a época, afirma o órgão, é a atuação do fenômeno El Niño, que aquece as águas do Pacífico e afeta o clima. Além disso, existe a presença de uma massa de ar quente sobre o Atlântico que impede a chegada de uma frente fria instalada na região Sul do país. "O El Niño foi detectado sobre o Pacífico em abril", disse o coordenador de estudos e previsões do clima do Cptec, José Antonio Marengo.
Segundo o meteorologista, a previsão de chuvas para outubro é comum em todos os anos, mas a previsão para as precipitações do final do ano podem ser feitas somente em novembro.
O meteorologista alerta que a situação deve se manter pelo menos até outubro. Até lá, se não chover, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) prevê um novo racionamento de energia em todo o país.
"Há previsões para precipitação na região Sudeste somente em outubro, depois disso seria incorreta", afirmou Marengo.
A estiagem já afeta a geração de energia. A Light, responsável pelo controle da represa de Santa Branca, já reduziu a geração.
A seca afeta outras represas do Vale, como a de Paraibuna e a do Jaguari, em São José dos Campos.
Outro problema acarretado pelo clima seco é o aumento dos incêndios. Anteontem à noite, o fogo atingiu uma área ao lado da rodovia dos Tamoios (SP-99), em São José, e só foi controlado nove horas depois.
"Os incêndios em matas que beiram pistas são os que mais preocupam porque impedem a visibilidade de motoristas e provocam acidentes", disse o tenente Paulo Monteiro Filho do Grupamento de Bombeiros.
Monteiro Filho informou não ter o levantamento de áreas atingidas por queimadas, mas afirmou que a corporação prepara a Operação Mata-Fogo.
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