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16/08/2002
-
03h48
da Folha Campinas
Dois casos de contaminação ambiental de responsabilidade da Shell Brasil S.A. _Paulínia e Vila Carioca, zona sul da capital paulista- vão ser apresentados na Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +10).
O evento está previsto para ocorrer entre os dias 26 deste mês e 4 de setembro, em Johannesburgo, na África do Sul.
As contaminações serão apresentadas por uma representação do Greenpeace no Brasil em um relatório chamado "Crimes Corporativos". "Nossa intenção é tratar o problema no âmbito internacional, até como uma maneira de punir a empresa em todos os países onde causou danos ambientais", disse Marcelo Furtado, coordenador da campanha contra a poluição na América Latina e que deve representar a organização no evento da África do Sul.
Segundo ele, os problemas ambientais e causados às pessoas que residem ao lado das empresas contaminantes não são custeados por elas. "Quem paga são os contribuintes, quando, na verdade, a conta teria de ser paga pela empresa poluidora", disse Furtado, referindo-se ao fato de a Prefeitura de Paulínia (SP) ter custeado exames em moradores do bairro Recanto dos Pássaros, onde funcionava fábrica da multinacional.
Para ele, é preciso que as empresas poluidoras sejam transformadas em "pagadoras" dos danos.
A Shell admite que contaminou a área em Paulínia, mas discute o fato de os moradores estarem contaminados. No caso da Vila Carioca, a Shell faz um levantamento ambiental no local para saber a extensão da contaminação.
Segundo Furtado, os moradores do Recanto dos Pássaros encontraram dificuldades em conseguir conversar com a empresa e só foram recebidos após investidas do Greenpeace feitas à diretoria da empresa.
Casos de contaminação em SP farão parte de relatório do Greenpeace
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Dois casos de contaminação ambiental de responsabilidade da Shell Brasil S.A. _Paulínia e Vila Carioca, zona sul da capital paulista- vão ser apresentados na Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +10).
O evento está previsto para ocorrer entre os dias 26 deste mês e 4 de setembro, em Johannesburgo, na África do Sul.
As contaminações serão apresentadas por uma representação do Greenpeace no Brasil em um relatório chamado "Crimes Corporativos". "Nossa intenção é tratar o problema no âmbito internacional, até como uma maneira de punir a empresa em todos os países onde causou danos ambientais", disse Marcelo Furtado, coordenador da campanha contra a poluição na América Latina e que deve representar a organização no evento da África do Sul.
Segundo ele, os problemas ambientais e causados às pessoas que residem ao lado das empresas contaminantes não são custeados por elas. "Quem paga são os contribuintes, quando, na verdade, a conta teria de ser paga pela empresa poluidora", disse Furtado, referindo-se ao fato de a Prefeitura de Paulínia (SP) ter custeado exames em moradores do bairro Recanto dos Pássaros, onde funcionava fábrica da multinacional.
Para ele, é preciso que as empresas poluidoras sejam transformadas em "pagadoras" dos danos.
A Shell admite que contaminou a área em Paulínia, mas discute o fato de os moradores estarem contaminados. No caso da Vila Carioca, a Shell faz um levantamento ambiental no local para saber a extensão da contaminação.
Segundo Furtado, os moradores do Recanto dos Pássaros encontraram dificuldades em conseguir conversar com a empresa e só foram recebidos após investidas do Greenpeace feitas à diretoria da empresa.
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