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16/08/2002 - 21h23

Ex-prefeito de Ribeirão Bonito é transferido para DP de São Paulo

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ROGÉRIO PAGNAN
da Folha Ribeirão

O ex-prefeito de Ribeirão Bonito Antônio Mello Sérgio Buzzá (PMDB) foi transferido hoje de Vilhena (RO), onde estava preso desde o último dia 7, para o 13º Distrito Policial de São Paulo.

O peemedebista é acusado de suposto esquema de desvio de dinheiro dos cofres públicos que chega a R$ 1 milhão, segundo a Amarribo (Amigos Associados de Ribeirão Bonito).

Buzzá foi levado para São Paulo em um avião Embraer P28T (Corisco), alugado pela Polícia Civil por R$ 4.500. Dois policiais civis fizeram a escolta do prefeito, que foi mantido algemado.

O avião pousou em Itápolis, às 16h30. O ex-prefeito foi transportado em um carro da polícia para São Carlos, onde foi informado oficialmente das acusações.

Visivelmente abatido, o ex-prefeito não quis comentar as acusações e disse desconhecer o teor delas. "Vou tomar conhecimento [das acusações] agora", disse.

Segundo o delegado Edmundo Ferreira Gomes, 44, responsável pela escolta, Buzzá foi transferido para a capital porque na região não existem presídios com cela especial. O ex-prefeito tem nível superior por ter cursado medicina e tem direito de ficar isolado de presos comuns.

O promotor de Ribeirão Bonito, Marcel Zanin Bombardi, esteve em São Carlos para acompanhar a notificação do ex-prefeito e não quis comentar o assunto. "Os procedimentos continuam."

O advogado de Buzzá Antônio Bertini Júnior, 40, afirmou que ainda não tinha tomado conhecimento do teor das acusações e, por isso, não poderia comentar o assunto. "Estou assumindo o processo agora e tenho que estudar quais serão as providências que iremos tomar."

Ainda segundo ele, o advogado Tito Costa (que respondia pelo caso) não deixou o processo e estaria tomando conta da "parte administrativa do processo". Bertini não quis comentar quanto estaria recebendo pelo caso.

A prisão do ex-prefeito foi decretada em 2 de maio pela Justiça de Ribeirão Bonito durante a apresentação da denúncia pelo Ministério Público. O peemedebista também teve os direitos políticos cassados pela Câmara após uma CP (Comissão Processante).

As acusações do suposto desvio de dinheiro foram apresentadas à Promotoria e à Câmara pela Amarribo, ONG (organização não-governamental) responsável pelas investigações. Entre o suposto desvio de verbas estaria a compra de combustível acima da capacidade da frota, compra de empresas fantasmas e desvio do dinheiro da merenda escolar.
 

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